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Relatório aponta irregularidades na UPA de Guarapari

Após reforma de R$120 mil unidade funciona com macas enferrujadas e colchão remendado.

Relatório aponta irregularidades na UPA de Guarapari

Novas reclamações voltam a atingir a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Guarapari. Além da sobrecarga de trabalho de alguns servidores, as denúncias dão conta de condições insalubres de trabalho. Depois de R$120 mil de investimentos com a reforma da unidade, servidores e população ainda continuam expostos a umidade nas paredes, macas enferrujadas e colchões remendados com esparadrapo.

Relatório mostra más condições dos equipamentos da UPA.

A denúncia foi feita por alguns membros do Conselho Municipal de Saúde na tarde desta quinta-feira (5) em uma reunião do conselho. De acordo com Regina Mello Schoeffer, que também faz parte do conselho voluntariamente, o relatório foi feito para comprovar que a situação insalubre perdura há anos, continua da mesma forma até hoje.

“Já denunciamos essa situação em um relatório mais extenso em 2013. E muitas das irregularidades apontadas nesse novo documento continuam. Os servidores estão sofrendo com as condições precárias para o atendimento e as pessoas também quando procuram a Unidade de Pronto Atendimento no município”, disse.

Ainda de acordo com Regina, a obra de ampliação da UPA, anunciada há oito meses está paralisada. “Estivemos no local e não havia nenhum sinal de obra e gente trabalhando. Está tudo sem previsão de término”, denunciou.

Após reforma e pintura das paredes, aparelhos de ar condicionado funcionam, mas gotejam água e ficam amparados por baldes.

O relatório ainda aponta a falta de identificação dos servidores que circulam sem crachá e a inutilização do ponto biométrico. A superlotação da unidade também foi citada como um dos problemas, e segundo o documento se dá pela falta de estrutura das unidades básica de saúde na atenção primária. “Todo mundo recorre a UPA. É para troca de receita, atestados médicos, pequenas urgências. A unidade fica sobrecarregada, o tempo de espera é grande e os médicos não conseguem atender com eficácia”, completou a conselheira.

Os funcionários entrevistados pelas conselheiras ainda denunciaram uma falha ainda mais grave: a contratação de pessoal sem experiência em urgência e emergência. O documento ainda mostra um aparelho de Raio-x sem uso e um esgoto a céu aberto.

“Concluímos que a unidade funciona com mobiliários sucateados. A demanda fica acima da capacidade. Aguardamos providencias urgentes”, concluiu Regina.

Presente na reunião, a subsecretária de Saúde, Bruna Nogueira, foi questionada pelo folhaonline.es para dar esclarecimentos sobre a situação da UPA, que preferiu não se manifestar e disse estar a disposição para falar na próxima reunião do conselho que vai acontecer no dia 12 de julho às 14h na Secretaria Municipal de Saúde.