No início da tarde desta segunda-feira (27), operários da empresa VLI, que administra a ferrovia, analisaram o espaço e discutiram estratégias para retirar a rocha que se deslocou no bairro Cobi de Baixo, em Vila Velha, no último dia 19.
A rocha, de 800 toneladas, se deslocou e levou outra pedra que sustentava a garagem de uma residência. O cômodo não desabou. Após o deslizamento, a rocha bloqueou a ferrovia Centro Atlântica, utilizada para o transporte de eucalipto entre o município de Aracruz e a região metropolitana.
Por nota, a empresa que administra a estrada de ferro informou que a rocha será quebrada em pedaços, para facilitar a retirada. O serviço deve ser concluído em 15 dias.
O prédio afetado segue interditado. Segundo o proprietário, cinco famílias foram retiradas do edifício. A avenida Robert Kennedy, a principal do bairro, segue interditada. O acidente mudou a rotina na região. Comerciantes e funcionários reclamam que o movimento caiu bastante.
“Está tudo parado por falta do trânsito e por causa da interdição os lojistas ficaram prejudicados. As pessoas estão impedidas de comprar e está todo mundo reclamando”, afirmou Juarez Oliz, motorista e comerciante.
Segundo o presidente da associação de moradores de Cobi de Baixo, Getúlio Quirino, desde 2015 os moradores alertam a Defesa Civil de Vila Velha sobre os riscos no local, mas não foram tomadas providências. Agora no prejuízo, a população espera que a remoção da rocha seja realizada o mais breve possível.
“Foi comunicado que estava descendo terra e a providência não foi tomada. Fizeram inspeção, como sempre fazem inspeção identificando áreas de risco, mas o simples fato de apenas identificar área de risco não quer dizer que vai solucionar o problema. Se aqui estava caindo terra, o sinal já precedia o que iria acontecer”.
Em outra nota, a VLI informou que a remoção da pedra começa nesta terça-feira (28). Já prefeitura de Vila Velha informou que no dia em que aconteceu o rolamento, uma equipe da Secretaria de Assistência Social foi até o local e realizou o cadastro das famílias. Porém, nenhuma das cinco famílias se encaixou no perfil do aluguel social, pois a renda de todas elas era maior do que o limite do programa.