Os professores da rede pública de Vitória decidiram finalizar a paralisação nesta quarta-feira (28), mas de acordo com o sindicato da categoria, ainda não foi definido o esquema de reposição de aula. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), o assunto será discutido em uma assembleia que acontece na próxima quarta-feira (4).
A Prefeitura de Vitória informou que todo o processo de paralisação do magistério municipal, de 18 dias letivos, foi considerado ilegal pela Justiça. Ainda segundo a prefeitura, todas as determinações legais e administrativas serão cumpridas para assegurar o direito do aluno, desde os dias letivos e a carga horária, até os conhecimentos e conteúdos escolares.
Já na rede estadual de ensino, de acordo com a Secretaria de Estado de Educação (Sedu), desde o dia 19 de maio foi enviado para as escolas orientações a respeito da reposição. “Essas escolas precisam cumprir a carga horária, que está prevista na lei. São orientações gerais, mas cada escola faz o seu planejamento. Isso porque nem todas as escolas pararam e nem todos os professores estavam de greve”, afirma o secretário de educação Klinger Barbosa Alves.
Copa do Mundo
A Secretaria Municipal de Educação de Vitória (Seme) informou que não haverá alteração no calendário escolar nas unidades de ensino da rede pública da Capital em virtude dos eventos da Copa do Mundo. Segundo a secretaria, nos dias 12, 17, 23 de junho e 4 de julho não será dia letivo para os alunos, mas será dia de trabalho para os servidores da Educação.
As férias escolares, tanto da rede pública como da rede estadual, acontecerão entre os dias 7 e 13 de julho, com retorno às aulas no dia 14.
Greve dos professores de Vitória
A paralisação começou no dia 24 de abril, dias depois da paralisação dos professores estaduais. Os professores reivindicavam reposição salarial e aumento no valor do vale-alimentação. O acordo fechado foi 6% de reajuste nos salários e correção no valor do vale-alimentação.
Paralisação Estadual
Durante toda a greve dos professores que aconteceu no Estado, mais de 70% das escolas do Espírito Santo ficaram sem aula. A paralisação começou em março, quando a categoria entregou uma pauta de reivindicações aos deputados estaduais. Os professores exigiam o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada; investimento dos royalties de petróleo na valorização da categoria; votação imediata do Plano Nacional de Educação e a destinação de 10% do PIB para a educação pública; e contra a proposta dos governadores de reajuste do piso somente pelo índice da inflação.