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Representantes do ES e de Minas discutem projetos de recuperação do Rio Doce

Além dos municípios capixabas afetados, a lama com rejeitos de mineração, que chegou ao litoral do Estado em novembro, pode chegar a São Mateus e Aracruz

A reunião será para discutir a recuperação do rio Foto: Leonardo Merçon

Os representantes dos governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais, e prefeitos dos municípios impactados pela onda de rejeitos das barragens da mineradora Samarco, vão se reunir em Vitória, nesta sexta-feira (11). O objetivo da reunião é discutir a elaboração de projetos de recuperação do Rio Doce e das cidades afetadas pelo desastre.

De acordo com o Governo, confirmaram presença o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, João Coser, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana de Minas Gerais, Tadeu Martins Leite, e os prefeitos de Mariana, Duarte Júnior, de Baixo Guandu, Neto Barros, de Colatina, Leonardo Deptuski, e de Linhares, Nozinho Correa. 

Além dos municípios capixabas afetados, a lama com rejeitos de mineração da Samarco, que chegou ao litoral do Espírito Santo no dia 21 de novembro, pode chegar a São Mateus e Aracruz. Essa é a previsão de técnicos do Instituto Estadual de Recursos Hídricos (Iema) e especialistas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O monitoramento apontou que a mancha de resíduos de minério se estende por mais de 36 km ao norte da foz, 21 km mar adentro e 11 km ao sul. Nessa direção, segundo os especialistas, os rejeitos podem chegar até a foz do Rio Piraquê-Açu, em Aracruz, local onde existem duas unidades de conservação federal.

Imagens 

Imagens de satélite da Agência Espacial Americana (Nasa) registraram o avanço da lama com rejeitos de mineração da Samarco ao longo do Rio Doce e em parte do litoral norte do Espírito Santo. Pelas imagens do site WorldView, da Nasa, é possível perceber a presença da lama ao longo do curso do Rio Doce e se espalhando pelo mar, a partir de Regência, em Linhares, onde fica a foz do rio.

Pagamento 

A mineradora Samarco, dona da barragem de restos de mineração que se rompeu há quase um mês em Minas Gerais, vai pagar um salário mínimo, mais 20% por dependente, para todos os pescadores e trabalhadores ribeirinhos que dependiam do rio Doce para sobreviver.