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O inverno atípico para o Estado, aliado a baixa umidade do ar, estão contribuindo para o aumento dos casos de conjuntivite. Segundo o oftalmologista Iran Malfitano, a cada 20 pacientes que chegam no consultório, três vão tratar conjuntivite. “É importante ressaltar que temos dois tipos de conjuntivite, a viral, que pode infectar outras pessoas e a alérgica, que não é transmissível”, destacou o médico
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva – membrana que reveste a parte externa do globo ocular. Entre os tipos mais frequentes da doença, estão a alérgica e a viral. A primeira, por sua vez, não é transmissível, e acomete pessoas propensas a alergias como rinite e bronquite. “O problema pode estar relacionado à baixa umidade do ar, comum nesta época do ano, e pode ser causado por excesso de poeira, poluição outras partículas que possam entrar nos olhos.
Por outro lado, a conjuntivite viral é facilmente transmissível pelo contato com objetos pessoais contaminados, toalhas, fronhas e lençóis; e superfícies infectadas de uso comum, como maçanetas, corrimãos, mesas etc. “Ambientes com grande concentração de pessoas, como escolas, meios de transporte, empresas”, ressalta o especialista.
As crianças são as mais atingidas, principalmente as menores. Para evitar o surto da doença, as Escolas de Educação Infantil Novo Mundo e de ensino fundamental da Ilha Novo Mundo, iniciaram uma campanha de conscientização dos alunos. “Para evitar o contágio nossa política é separar todos os objetos de uso pessoal. Lençóis, toalhas, fronhas, as crianças trazem de casa. O material compartilhado é sempre esterilizado para evitar contágio, declarou Tereza Spinassé, coordenadora pedagógica.
Além disso, os ambientes de uso comuns dos alunos são limpos várias vezes ao dia. “Usamos álcool em gel 70 nos corrimãos, nas mesas das salas de aula, nos computadores, destacou Tereza.
Na Escola Novo Mundo, os cuidados começam no berçário. “Trabalhamos com bebês a partir de 4 meses de idade, por isso os cuidados devem ser ainda mais redobrados”, acrescentou Mara Zanotti, diretora pedagógica da Escola Novo Mundo.
Tratamentos
Caso haja suspeita de conjuntivite, é fundamental consultar-se com um oftalmologista. O profissional realizará o diagnóstico correto e determinará o tratamento, conforme a causa da doença.
Para os casos alérgicos, é necessário evitar contato com o alérgeno (poeira, pólen, pelos de animais, fumaça, poluição etc.) e usar medicamento específico prescrito por um especialista. Para os viriais, assim como ocorrem com resfriados, espera-se que a melhora aconteça entre 7 e 10 dias após seu início. Medidas para o alívio dos sintomas, como compressas frias, colírios lubrificantes e analgésicos são recomendadas. Em todas as situações, o uso de lentes de contato deve ser suspenso.