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Risco de rompimento de barragens pode deixar 3,5 mil desalojados em MG

Desde a tragédia em Brumadinho, em janeiro, outros cinco municípios já foram afetados por evacuações de moradores em áreas de risco

Foto: TV Vitória

Após o rompimento da barragem em Brumadinho, no dia 25 de janeiro deste ano, uma operação que deveria ser emergencial tem se tornado rotina em Minas Gerais e pode afetar até 3,5 mil pessoas em seis municípios: a evacuação de moradores em áreas de risco. o rompimento da barragem em Brumadinho deixou, até o momento, 201 mortos e 107 ainda estão desaparecidos.

As evacuações em áreas próximas a barragens podem atingir, até o momento, 3.000 pessoas que vivem em áreas consideradas de risco, seja pelas empresas mineradoras ou mesmo pelo MP (Ministério Público). O órgão recomendou, nesta terça-feira (12), que a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) elabore um plano de evacuação voluntária que pode afetar até 2,5 mil pessoas que vivem no entorno da barragem Casa da Pedra, em Congonhas, a 70 km de Belo Horizonte.

Segundo o MP, em caso de rompimento do maciço principal da barragem, 3.740 casas seriam engolidas pelos rejeitos em apenas 15 minutos. Os bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, onde estão localizadas diversas residências, estação de tratamento da Copasa, escolas, áreas de lazer, praças, comércios e unidades de saúde, seriam varridos em apenas 30 segundos.

Para evitar uma tragédia dessa proporção em Congonhas, cidade com 53 mil habitantes, a recomendação do Ministério Público é que a CSN, responsável pelas barragens, pague uma quantia mensal de R$ 1.500 para cada família que quiser ser realocada para uma zona segura. A empresa também seria responsável por bancar despesas com a mudança e vagas em hotéis, se for necessário, ou até mesmo a construção de um bairro novo. A siderúrgica tem 10 dias úteis para responder se acata ou não a recomendação.