Geral

Rodney alega que crise impediu obras contra deslizamento em Morro da Boa Vista

Em 2012 foi realizado convênio entre Prefeitura, Defesa Civil Nacional e a Defesa Civil Estadual mapeando as áreas de risco. “Foram feitas recomendações, como retirada de famílias"

Área em que pedra deslizou teria sido incluída em Plano de Contingenciamento feito por gestão anterior Foto: Leitor | WhatsApp Folha Vitória

Apesar de garantir que não tinha como prever o rolamento de uma pedra no Morro da Boa Vista, em Vila Velha, o prefeito Rodney Miranda (DEM) afirmou que a região estava dentro do Plano de Contingência que apontava o local como área de risco de deslizamento. As obras para reduzir os riscos, no entanto, não foram feitas por falta de recursos. Um estudo realizado em 2012 já apontava para a possibilidade de desabamentos

O laudo da Defesa Civil Estadual deve ficar pronto até na manhã desta terça (5), mostrando as possíveis causas da ruptura da pedra e também as ações prioritárias que devem ser realizadas. Laudo de especialistas do DER e geólogos do Rio de Janeiro apresenta parecer que a rocha do topo do morro não apresenta risco de deslizamento iminente.  

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira (04), Rodney informou que, a partir desta terça-feira (05), um trabalho de corte e destruição das rochas menores começa a ser feito por técnicos que dão suporte à Prefeitura. 

Essas rochas ainda apresentam risco de deslizar. As obras para fixar a rocha maior, que deslizou, também começam nos próximos dias, com o apoio financeiro do Governo do Estado.

O prefeito explicou ainda que um plano de contingência também vem sendo aplicado desde o ano de 2013, capacitando moradores e lideranças, prevendo intervenções na área de drenagem, dando suporte para possível captação de recursos no âmbito estadual e da União, o que não ocorreu por motivo da falta de apoio da última gestão do governo do Estado (2013 e 2014) e Federal, sob alegação de crise econômica

O ex-prefeito de Vila Velha Neucimar Fraga (PSD) disse que iniciou o processo de remoção das famílias que moravam no Morro da Boa Vista. 

Segundo ele, em 2012 foi realizado um convênio entre a Prefeitura de Vila Velha, a Defesa Civil Nacional e a Defesa Civil Estadual mapeando as áreas de risco.

“No final de 2012 foram feitas recomendações, dentre elas, a retirada de famílias da região. Algumas famílias aceitaram e foram levadas para Jabaeté. Outra recomendação era a que se realizasse simulação de situações como esta que aconteceu na sexta-feira. Mais de 200 famílias foram devidamente cadastradas, mas o processo foi arquivado em 20 de julho de 2015”, apontou o ex-prefeito.