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Rússia comemora Dia da Vitória sem habitual desfile militar por causa da pandemia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou uma cerimônia rápida, com um breve discurso, para marcar o 75º aniversário da derrota da Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Em função da pandemia de coronavírus, o habitual desfile militar na Praça vermelha e a procissão conhecida como Regimento Imortal foram adiados e deram lugar a um sobrevoo do centro de Moscou por 75 aviões e helicópteros. O Dia da Vitória, como é comemorado, é o feriado secular mais importante do país.

Putin prometeu, porém, que comemorações mais completas aconteceriam. “Como sempre, marcaremos ampla e solenemente a data de aniversário, fazê-lo com dignidade, como nos diz o nosso dever para com os que sofreram, alcançaram e realizaram a vitória”, disse ele. “Haverá nosso desfile principal na Praça Vermelha e a marcha nacional do Regimento Imortal – a marcha de nossa memória agradecida e comunicação inextricável, vital e viva entre gerações”, afirmou.

Em Minsk, capital da Bielorússia, entretanto, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas para assistir a um desfile militar que comemorava a data. Com a ausência de restrições firmes para conter a propagação do coronavírus e com a doença sendo considerada uma “psicose” pelo presidente Alexander Lukashenko, o evento contou com cerca de 3 mil soldados. Na ocasião, ele afirmou que a provação da Bielorrússia na guerra “é incomparável com as dificuldades dos dias atuais”. O país, que tem cerca de 9 milhões de pessoas, registrou mais de 21 mil casos de infecção pela covid-19.

A data também foi lembrada pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jon Un, que enviou uma carta a Putin para parabenizá-lo e desejar sucesso à Rússia no combate ao coronavírus. A mensagem foi enviada um dia depois de Kim ter elogiado o presidente chinês Xi Jinping pelo que descreveu de sucesso da China no controle da pandemia. Segundo especialistas, o país pode intensificar as relações diplomáticas para os vizinhos, especialmente a China, uma vez que precisa de ajuda econômica após o fechamento das fronteiras por meses para conter o vírus.