Forças russas chegaram ao centro de Kiev nesta sexta-feira (25), segundo dia da invasão russa à Ucrânia. Durante a noite, duas fortes explosões foram ouvidas na capital e incêndios foram registrados em áreas residenciais.
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“Os ataques contra Kiev com mísseis de cruzeiro ou balísticos recomeçaram. Ouvi duas explosões fortes”, disse o vice-ministro do Interior ucraniano, Anton Herashchenko. Segundo ele, um avião russo foi derrubado pela defesa ucraniana.
Incêndios e explosões em casas e edifício
O serviço de emergência da Ucrânia confirmou que por volta das 4h20, um edifício residencial de vários andares foi atingido por um incêndio e existe uma ameaça de destruição.
Pouco depois, às 5h uma casa particular de dois andares foi atingida por um incêndio devido à queda de fragmentos de um avião. As informações sobre vítimas e feridos estão sendo esclarecidas.
Às 8h38, um prédio residencial também foi atingido por um incêndio após um bombardeio. Devido ao risco de vida, os socorristas retornaram ao local de implantação. Não há vítimas.
Sem internet em duas cidades da Ucrânia
Na quinta (24), as cidades de Kharkiv e Mariupol registraram interrupções dos serviços de internet. A progressão das forças russas levanta temores de uma multiplicação de ataques contra alvos estratégicos e governamentais.
“Horríveis disparos de mísseis russos sobre Kiev. A última vez que nossa capital experimentou algo semelhante foi em 1941, quando foi atacada pela Alemanha nazista. A Ucrânia derrotou esse demônio e derrotará este também”, disse o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, em uma mensagem em sua conta no Twitter.
Invasão à Ucrânia começou na quinta-feira
A Rússia iniciou nesta quinta-feira (24) um ataque a diversas partes da Ucrânia, com bombardeios contra alvos militares em Kiev, Kharkiv e outras cidades no centro e no leste do país vizinho.
O presidente Vladimir Putin autorizou uma operação militar nos enclaves separatistas do leste do país, segundo o Ministério da Defesa russo.
Em pronunciamento na TV, Putin afirmou que a ação visa desmilitarizar a Ucrânia, mas não ocupá-lo. O presidente russo justificou sua decisão por um pedido de ajuda dos separatistas pró-russos e pela política agressiva da Otan com Moscou.
No pronunciamento, Putin também pediu que os ucranianos “larguem as armas e voltem para casa” e que os soldados que desistirem não serão atingidos. O presidente afirmou que se houver derramamento de sangue, será responsabilidade do governo ucraniano.
Putin também alertou que aqueles que “tentam interferir devem saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências que nunca conheceram”. “Tenho certeza de que os soldados e oficiais da Rússia cumprirão seu dever com coragem (…) A segurança do país está garantida”, disse.
A alegação do presidente russo, de que o ataque seria necessário para proteger os civis no leste da Ucrânia, é considerada falsa pelos Estados Unidos, que já previam que ela seria usada como pretexto.
Com informações do Portal R7.
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