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Saiba como evitar a depressão de final de ano

Pode até parecer brincadeira, mas as festividades de fim de ano trazem depressão para algumas pessoas. Então, se você se sente pessimista e solitário nessa época do ano, fique de olho em nossas dicas para espantar a tristeza!

Dezembro é um mês de reflexão. É quando a maioria das pessoas decide pensar no ano que está acabando, nas conquistas alcançadas, nos sonhos frustrados, nas mudanças de vida… E em meio às festas natalinas e de Réveillon, o que muita gente não sabe é que quadros de depressão são muito comuns nessa época do ano, especialmente entre pessoas que têm vulnerabilidade para aceitar mudanças no ritmo e nas circunstâncias de vida do ser humano.

As propagandas e programas de televisão são influências fortes nesse triste contexto. As imagens de pessoas extremamente felizes, festejando Natal e Ano Novo levam alguns a acreditar na alegria de todos, menos na sua. Para muitos, essas datas lembram a família ou perdas e mortes, separações, luto, saudade e feridas psicológicas ainda dolorosas, o que contribui para a chamada depressão natalina.

“É comum que em determinadas épocas do ano as pessoas reajam de maneira diferente, em consequência a determinados estímulos que a estação do ano, datas comemorativas, férias, fim e início de ano imprimem em cada um. Muitas vezes sentem-se eufóricas e cheias de esperança, mas em outros momentos ficam mais recolhidas e pensativas. Com o humor deprimido, algumas sentem dificuldade de sair da cama ou aumentam o consumo de massas e chocolates, alimentos precursores de serotonina”, explica a psicóloga e especialista em Neurociência, Gina Strozzi. 

A psicóloga faz um alerta ainda para as pessoas ansiosas e perfeccionistas. “As ansiosas podem chegar ao final do ano frustradas e sentindo-se fracassadas porque chegaram até lá sem conseguir cumprir todas as metas que traçaram, embora raramente levem em consideração a possibilidade de terem sido irrealistas ou exigentes demais consigo mesmas, definindo metas difíceis de serem alcançadas”, explica.

Tanto perfeccionismo também se reflete nos preparativos para as festas e nas imagens que querem passar para a família e amigos. De acordo com a psicóloga, o desgaste mental provocado por um esforço em agradar a todos e contemplar tudo, organizar, preparar e servir já é tão inevitável para uma pessoa perfeccionista que seu nível de ansiedade começa uma escalada ascendente assim que surgem as primeiras propagandas de Natal e Ano Novo.

Xô, depressão!

Todo ser humano está sujeito a erros, ninguém é melhor do que ninguém, sabia? Por isso, evite fazer autoavaliação e projetos futuros. Autoavaliações devem ser feitas semanalmente, com planos divididos em pequenas etapas, para não atrapalhar-se com a complexidade ou grandiosidade dos planos. Assim, é possível adaptar os planos ao contexto de cada momento. O Natal deve ser visto como época para relaxar e não para provar competência.

E nada de deixar tudo para a última hora. Faça as compras com antecedência para não se deixar levar pelo entusiasmo desta época e gastar sem pensar. Vale lembrar que a compulsão por compras pode ser mais grave nesse período, já que a tentação e a oferta são maiores! Por isso, quem é compulsivo deve evitar sair com cartão de crédito e cheque, e andar apenas com a quantidade de dinheiro necessária para os gastos previstos ou só com uma folha de cheque, se for o caso.

Para aqueles que vão passar o fim de ano longe da família, o ideal é parar para refletir sobre o tipo de comemoração que realmente sente desejo em fazer. Por exemplo: viajar ao invés de pensar em festas de família; compartilhar com os amigos sentimentos sobre as festas de fim de ano; dar a si mesmo aquele presente que sempre quis, mas se negava por achar caro, etc.

Sintomas comuns da depressão de fim de ano:
Pessimismo e persistência de pensamentos negativos;
Dificuldade de tomar decisões;
Dificuldade para começar a fazer suas tarefas e em terminar coisas que começou;
Irritabilidade ou impaciência;
Inquietação;
Desejo de morrer;
Chorar por qualquer motivo;
Sentimento de pena de si mesmo;
Queixas frequentes;
Sentimentos de culpa injustificáveis;
Perda ou aumento de peso e apetite.