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Saiba como reconhecer as características do mosquito da dengue

Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias, e a fêmea pode colocar entre 150 e 200 ovos. Ela coloca os ovos na superfície de recipientes que possam acumular água, como latas e garrafas

A fêmea pode colocar entre 150 e 200 ovos Foto: ​Divulgação

Reconhecer o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, é importante para que ele seja eliminado do ambiente. E mais que identificá-lo, é preciso também controlar sua proliferação, evitando assim que novos mosquitos se desenvolvam. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo reforça que é necessário eleger dias fixos da semana para vistoriar potenciais criadouros do mosquito em casa.

Segundo a referência técnica do Programa Estadual de Combate à Dengue, à Chikungunya e à Zika Vírus da Secretaria de Estado da Saúde, Roberto Laperrière Junior, o Aedes aegypti é pequeno, possui em média 0,5 cm e se caracteriza pela cor preta e riscos brancos no dorso, pernas e cabeça. 

Em média, cada mosquito vive em torno de 30 dias, e a fêmea pode colocar entre 150 e 200 ovos. Ela coloca os ovos na superfície de recipientes que possam acumular água, como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos de planta e vasilha de animais domésticos. 

“Os ovos podem ficar por mais de um ano nesses locais e assim que entrar em contato com a água, em um ou dois dias o ovo eclode. Após isso, a larva, que é o primeiro estágio do mosquito, vai para a água e daí por diante ele completa sua evolução, estando pronto para sair no ambiente”, explica Roberto Laperrière Junior. 

Prevenção

Para se prevenir contra a dengue, zika e chikungunya é preciso combater o mosquito, não deixando água parada e eliminar locais e recipientes que sirvam de criadouros do vetor. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde convoca a população para eleger um dia fixo da semana para vistoriar em casa esses locais, isso porque, o ciclo evolutivo do mosquito dura, em média, de cinco a sete dias. 

Se a pessoa elegeu o sábado para fazer a vistoria, ela precisa fazer a limpeza sempre nos sábados. Pois, se numa semana ela fez a vistoria no sábado e na outra deixou para fazer na segunda-feira, por exemplo, já se passou o período evolutivo e novos mosquitos podem ter surgido. 

A vistoria em casa e no quintal facilita a identificação de locais e medidas que podem passar despercebidas, mas são importantes para eliminar os focos do mosquito.

Confira abaixo algumas dicas de prevenção:

– Mantenha fechadas as tampas de vasos sanitários e de ralos pouco usados, como os de áreas de serviço e de lazer, que tenham a possibilidade de acumular água; 
– Se for viajar, feche também os ralos dos banheiros e a tampa dos vasos sanitários;
– Mantenha o quintal sempre limpo, jogando fora o que não é utilizado;
– Deixe o quintal sempre bem varrido, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas etc.;
– Tampe tonéis, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
– Certifique-se de que as lonas de cobertura estejam bem esticadas para não haver acúmulo de água;
– Não deixe acumular água nos vasos de plantas;
– Elimine os pratos dos vasos de plantas;
– Mantenha a bandeja que fica atrás da geladeira limpa e sem água;
– Coloque garrafas vazias de cabeça para baixo;
– Se por algum motivo tiver pneus no quintal, mantenha-os secos e abrigue-os em local coberto, ou descarte-os corretamente se não tiverem utilidade;
– Escove bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, tonéis, caixas d’água) e mantenha-os sempre limpos; 
– Antes de viajar, tire a água dos vasos de plantas e guarde a vasilha de água e de comida dos animais de estimação se não houver ninguém para tomar conta da casa

Ações governamentais

– Decreto de situação de emergência, publicado no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo (DIO-ES) nesta segunda-feira (07);
– Solicitação de apoio ao Exército para combate ao mosquito: aguardando liberação do Ministério da Defesa;
– Organização do gabinete de monitoramento da crise formado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) e secretarias municipais de Saúde. Toda sexta-feira este comitê se reunirá para avaliar o cenário e definir as prioridades;
– Formação de um comitê de especialistas para monitoramento da situação (sociedade de obstetrícia, pediatria, infectologia, neurologia e especialista da Sesa);
– Estabelecimento de parceria com o Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para realização de exames de diagnóstico;
– Envolvimento com as secretarias de Governo parceiras para o combate ao vetor – Corpos de Bombeiros, Defesa Civil, Secretaria de Governo (Seg) e Secretaria Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb);
– Mobilização das escolas para conscientização dos pais de ações para combate ao mosquito;
– Solicitação ao Ministério da Saúde de fornecimento de insumos e equipamentos para a realização de exames no Laboratório Central da Sesa;
– Solicitação ao Ministério da Saúde de inseticidas para ações emergenciais
– Intensificação da mobilização social;
– Mutirão de capacitação em todo o Estado para médicos e enfermeiros de manejo clínico para Dengue, Chikungunya e Zika Vírus;
– Frota de veículo disponível com equipamento UBV;
– Bombas costais a serem utilizadas em áreas com surto/epidemia;
– Campanha na mídia alertando a população acerca dos riscos e informação sobre a importância de controlar o vetor;
– Identificação de servidores para atuar como síndicos em prédios públicos, com conscientização de toda a equipe de governo.

Ações voltadas para gestantes

– Fluxo de atendimento à gestante permanece o já existente da rede materno-infantil;
– Solicitação ao Ministério da Saúde da inclusão do repelente na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) e o fornecimento imediato de 50 mil unidades;
– Protocolo de atendimento será publicado nesta terça-feira (08);
– Reunião com maternidades de alto risco nesta quarta-feira (09).