O afogamento de um menino de apenas 7 anos, que resultou em morte, na Serra, acende um alerta, principalmente para quem quem tem piscina em casa. Em tempos de isolamento social, os cuidados devem ser redobrados, pois as crianças passam mais tempo em casa.
Para evitar acidentes do tipo, o tenente coronel Wagner Borges, do Corpo de Bombeiros, deu algumas dicas de cuidados. Para ele, a infância é uma fase na qual a criança está sempre em busca de novas descobertas. “Onde a criança está, tem ali a correria, as descobertas da vida e elas vão buscar novas aventuras. A principal observação é não perdermos os olhos nas nossas crianças”, disse.
Ele sugeriu quais os cuidados necessários quando se tem uma piscina em casa. “A primeira coisa que devemos fazer é buscar a comunicação com os nossos filhos. A orientação é impor limites até onde pode ir e até onde a criança não pode. Lona de proteção de piscina não deve ser utilizada para que não haja sujeira. Ela deve ser utilizada, fixada em grampos, para que haja completa proteção para que a criança não se afogue. Tendo possibilidade de colocar uma grade no entorno é muito importante”, reforçou.
Mesmo com essas medidas, se houver algum tipo de acidente, o tenente coronel indica quais são os primeiros socorros a serem seguidos. “Se, apesar de todas as medidas de prevenção, acontecer a fatalidade e você encontrou seu filho sem respirar ou sem ter os movimentos cardíacos, estando em parada cardiorrespiratória, você deve deitá-lo em superfície rígida, estender essa região do pescoço para que haja a passagem de ar. Você vai pegar entre os dois peitinhos da criança, colocar uma das mãos sem flexionar o cotovelo. Vai fazer 30 massagens cardíacas, duas massagens a cada segundo. Feito isso, você vai tampar o nariz da criança e vai fazer dois sopros dentro da boca, ou seja, duas respirações boca a boca. Depois, novamente 30 massagens na criança, por um período de cinco vezes”, explicou.
Segundo ele, após esse primeiro procedimento, é possível verificar se a criança respira e se voltou a ter os batimentos cardíacos. Uma dica para isso é encostar o rosto no nariz da criança para sentir o ar e, ao mesmo tempo, observar o movimento respiratório. Ele ainda ressaltou que o procedimento deve ser realizado de forma rápida e precisa.
Acidente na Serra
Um menino de 7 anos morreu após se afogar na piscina de casa, em Balneário Carapebus, na Serra. Ele era autista. A família ficou desesperada ao receber a notícia. Os Bombeiros foram acionados, mas a criança já estava sendo levada para receber o socorro médico.
Segundo informações do avô da criança, todos estavam na rua por conta de uma briga no local. O menino também acompanhou a situação, mas, de repente, ele sumiu. Todos começaram a procurar por ele e, quando chegaram perto da piscina, viram a criança na água, já desacordada.
Iago foi socorrido por um vizinho e levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Segundo a família, tudo aconteceu por volta das 19h30 de segunda-feira (1º).