Após uma pesquisa realizada pela equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) que trouxe resultados alarmantes, aos números de pessoas vítimas de afogamento no Estado, incluindo crianças, o jornal online Folha Vitória, buscou destacar alguns cuidados para que o lazer em família, não vire uma tragédia.
Em conversa com o Coronel Carlos Wagner do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, foi pontuado os principais cuidados que devem ser tomados quando o assunto é criança, piscina, mar e outros.
1) Nunca deixar a criança sozinha
“Em nenhuma hipótese a criança deve ficar sozinha. Para menores de 08 anos, o risco é que a criança, mesmo com a boia, acabe virando em uma posição e não consiga se virar de volta provocando o afogamento”, explica.
2) Proteja a área da piscina
“A melhor forma de se impedir o afogamento é a prevenção. Quando não tiver adulto por perto, a piscina deve estar coberta e cercada de maneira que impeça o acesso de crianças a área”, orienta.
3) Oriente a criança sobre os perigos ( mar/ lagoa, cachoeira ou piscina)
“Não basta apenas os responsáveis dizerem que “não pode”. É preciso que se explique para a criança os riscos que podem envolver os descuidos no ambiente aquático”, destaca.
4) Cuidado com as brincadeiras
“As crianças, sobretudo as maiores, gostam de determinadas brincadeiras que não combinam com o ambiente da piscina. Evite que a criança corra ou brinque de pular, pois uma queda pode acarretar um traumatismo craniano, agravando ainda mais o quadro do afogamento. Outra situação que deve ser evitada são brincadeiras do tipo agarra-agarra, lutas, entre outras. A criança pode estar engolindo água e quando se percebe já é tarde demais”, alerta.
5) Saber nadar não significa segurança
“Mesmo as crianças que fazem aula de natação e já aprenderam a nadar não devem ficar sozinhas em locais aquáticos. Se ela prende a respiração por exemplo por um período maior porque está “competindo” com o colega, ela pode ter um apagão e se afogar”, ressalta.
6) Verifique a segurança das piscinas coletivas
“No caso de clubes, que tem piscinas maiores e com ralos mais potentes, é muito importante que o adulto, antes de a criança ir para água, verifique se os ralos estão devidamente protegidos para evitar sucção”.
7) “Dar pé” não é sinônimo de segurança
“A profundidade é algo relativo. No caso de piscina, a água batendo na altura do peito é relativamente seguro. Mas é preciso ter muito cuidado, com as atividades dentro água ou no entorno da piscina, principalmente com as brincadeiras”, comentou.
8) Após alimentação, espere para entrar na água
“É importante aguardar o intervalo de uma hora antes de entrar na piscina após se alimentar. A criança pode ter um congestão ou convulsão e até mesmo se asfixiar com o vômito”.