Na noite do último domingo (28), João Lorenzo de Conceição Viana, de 2 anos, morreu após ter 95% do corpo queimado durante um churrasco em em Pinheiros, na região Norte do Estado.
Durante o churrasco, um dos tios do menino teria tentado reacender a churrasqueira, um disco de arado, com álcool líquido, o que causou uma combustão, que atingiu o garoto.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras, em 2023, 200 mil pessoas ficaram feridas no país ao tentar acender fogo com álcool líquido. Os casos aumentaram 30% após a pandemia e quase metade das vítimas têm de 0 a 12 anos.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, a utilização de álcool líquido é vetada para este tipo de atividade. De acordo com a capitão Andressa Silva, a utilização do material aumenta consideravelmente o risco de um incêndio.
“O risco de o incêndio se propagar é muito grande, o álcool libera muitos vapores combustíveis, ele pode espalhar, propagar muito mais o incêndio”, disse.
Segundo a bombeira, o óleo de cozinha é o mais adequado para acender churrasqueiras, assim como acendedores elétricos, de pólvora e amadeirado e até mesmo o álcool em gel para churrasco.
“Ele tem uma porcentagem maior de água, libera menos vapores e além disso, em formato de gel, o que dificulta a liberação de vapores, então ele não é tão explosivo quanto o álcool líquido. Crianças devem ficar longe de locais com material inflamável e fogo, porque são curiosas. O ideal é que nem estejam neste tipo de ambiente”, informa.
O óleo de cozinha é, geralmente, a opção mais utilizada por churrasqueiros profissionais. Há também outras formas de acender a grelha, como o maçarico.
De acordo com o churrasqueiro Marcos Oliveira, ambas as formas são mais práticas e seguras para acender a churrasqueira.
“Pode ser o óleo de cozinha até usado. Você adiciona um pouco de óleo em um papel toalha ou guardanapo e leva ao carvão. Com o fósforo ou isqueiro, pode acender que não tem como dar errado. Com o maçarico você pode levar direto ao carvão de 3 a 4 minutos, que o fogo já acende”, disse.
Relembre o caso
Lorenzo morreu após ter 95% do corpo queimado durante um churrasco no domingo (28).
Inicialmente, ele foi socorrido em estado grave, com queimaduras, para o Hospital Municipal de Pinheiros. De lá, foi transferida em um helicóptero do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (Notaer) da Secretaria da Casa Militar, para o Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HEINSG), em Vitória.
A criança participava de um churrasco em comemoração ao aniversário do tio, quando um familiar acendeu a churrasqueira conhecida como “disco de arado”.
Ao ver o fogo diminuir, o adulto usou álcool para reacendê-lo. A garrafa de álcool pegou fogo e as chamas atingiram a criança, que estava próxima.
Até o momento, não há informações o velório da criança.
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*Com informações do repórter Alex Pandini, da TV Vitória/Record