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São José de Anchieta: Historiador destaca legado das obras dos jesuítas

Anchieta está comemorando os 10 anos da canonização e os 490 anos de nascimento do santo

Foto: arquivo pessoal

Durante as celebrações da Festa Nacional de São José de Anchieta, o historiador e Museólogo do Santuário Nacional de São José de Anchieta, Ivan Petri Florentino, destacou o legado das obras dos jesuítas.

Anchieta está comemorando os 10 anos da canonização e os 490 anos de nascimento do santo, e oferece uma oportunidade única de conhecer mais sobre a vida e obra da cidade. 

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O Museu Nacional de São José de Anchieta foi criado no ano de 1965. Antes mesmo da beatificação e canonização. 

Desde o ano de 1965 a 1994, o museu funcionava na atual capela do santíssimo, por debaixo do quarto onde viveu e morreu São José de Anchieta. Com o restauro e a inauguração do Santuário pelo IPHAN em 1997, o museu P. José de Anchieta ganhou maior abrangência. 

No ano de 2018-2022, o Museu Nacional de São José de Anchieta passa por outras obras de restauro e readequação, recebendo uma nova nomenclatura museal: Centro de Interpretação São José de Anchieta, que é um novo conceito aplicado para espaços museais dessa envergadura e importância enquanto Museu Nacional.

Neste cenário, o Museu passa a contar com três novas salas de acervos permanentes, segundo Ivan Petri o museu promove a memória do missionário e preserva as coleções de obra sacra. 

“A sala de Arte sacra, objetos e fragmentos arqueológicos; um Arquivo de Documentos sobre vida e obra do Beato José de Anchieta (incluindo publicações como obras Anchietanas) e, no pátio interno, um Sítio Arqueológico. Além de promover a memória do missionário, outro objetivo visava preservar as coleções de arte sacra que já estavam no acervo do museu e que hoje se encontram na primitiva sacristia”, disse o historiador. 

O historiador relatou sobre que o processo de canonização do Padre Anchieta é um dos mais longos da história da Igreja, concluído em 3 de abril de 2014. Soma-se a essa comemoração dos 10 anos de canonização, os 490 do aniversário natalício do Co-padroeiro do Brasil. 

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“Uma oportunidade de refletir sobre a família, infância, adolescência e juventude do nosso Apóstolo do Brasil. No ano de 2024, também celebramos os 475 anos da chegada dos primeiros jesuítas na cidade de São Salvador da Bahia (Brasil). Onde desembarcou o Padre Manoel da Nóbrega, S.J. e outros companheiros (Primeiro Superior e Provincial da Companhia de Jesus no Brasil). Celebrar os 475 anos de presença Jesuíta no Brasil é reconhecer que essa história foi marcada por paixão e glória”, disse o historiador.

Atualmente a Companhia de Jesus tem presença missionária em duas cidades do Estado do Espírito Santo: Em Iconha, onde Administram a Paróquia de Santo Antônio de Pádua, e na Cidade de Anchieta, onde administram a Paróquia de Nossa Senhora da Assunção e o Santuário Nacional de São José de Anchieta. 

Além de possuir uma casa de retiros, os jesuítas respondem pelo complexo jesuítico, o Museu Nacional de São José de Anchieta e o Centro de Documentação Pe. Murillo Moutinho, S.J. A obra social jesuíta Fé e Alegria está presente nos municípios de Cariacica, Vitória e Laranja da Terra.  

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De acordo com o historiador, a Companhia de Jesus em terras capixabas foi uma grande empreendedora, desenvolvendo várias atividades educacionais e sociais. Desde o tempo de São José de Anchieta e os primeiros jesuítas que aqui residiam, como Pe. Afonso Brás, Sj; que lançou a pedra fundamental de um colégio no alto da Ilha de Vitória, o Colégio São Tiago.

“O legado da Companhia de Jesus no Estado do Espírito Santo foi primordial para o início da construção do nosso Estado. Hoje, grandes Centros Culturais, históricos e religiosos tiveram origem em obras jesuíticas. No início do século XX no governo de Jerônimo Monteiro, quando é elaborada a bandeira do Estado, foi pensando o lema Jesuítico: “Trabalhe e Confia”, inspirado na frase de Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus nos exercícios espirituais que diz: Trabalhe como se tudo dependesse de Você e Confie como se tudo dependesse de Deus”, disse o historiador.