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"Se as doses chegarem, podemos iniciar neste mês a vacinação para acima de 60 anos", diz Reblin

Subsecretário de Saúde diz que a imunização depende do envio das vacinas pelo Governo Federal, que sinalizou um quantitativo de 36 milhões de doses

Foto: Reprodução TV Vitória

O Espírito Santo pretende vacinar contra a covid-19 idosos a partir de 60 anos ainda neste mês. Mas, tudo dependerá se as doses do imunizante serão enviadas pelo Ministério da Saúde. 

A declaração foi dada pelo subsecretário de Estado da Saúde, Luiz Carlos Reblin, numa entrevista ao programa Fala Espírito Santo, nesta sexta-feira (05). “Se o Ministério da Saúde mantiver o envio de 36 milhões de doses ainda em março, que é o que foi colocado como expectativa por eles, aqui no Espírito Santo já teríamos condições de iniciar a vacinação do grupo com mais de 60 anos”. 

O subsecretária calcula que o Estado, com a sua logística operacional, seria capaz de vacinar até um milhão de pessoas por mês. Levando em consideração essa estrutura, vacinar o grupo acima de 60 anos seria muito rápido já que é composto por 500 mil pessoas. Ele acredita que, com essa parcela da população imunizada, a pressão sobre a rede hospitalar diminuiria. 

“Nós, em menos de um mês, vacinaríamos esse grupo etário com a primeira dose. Isso seria muito importante porque é um grupo que mais adoece de forma grave, que mais vai para o hospital e que mais, infelizmente, vai a óbito”, pontuou.

No momento, o Espírito Santo recebeu 316.620 mil doses de vacina do Governo Federal. Estão sendo vacinadas pessoas entre 80 a 84 anos e já foram imunizados os idosos em asilo, os acima de 90 anos, a população indígena, pessoas asiladas com deficiência e profissionais da Saúde. O Estado planeja compra direta dos imunizantes. O subsecretário reforçou que, caso não haja evolução da compra por meio do consórcio com outros Estados, o Espírito Santo tem condições de adquirir até 2 milhões de doses. 

“Havendo uma oferta concreta de doses de vacina por algum fabricante, em que a vacina esteja reconhecida pela Anvisa, poderíamos fazer essa aquisição”, completou. 

Atualmente, o Estado negocia com os laboratórios Pfizer, Janssen, Sinopharm, Cinovac, Reithera e Bharat Biotch. Há uma verba de R$ 200 milhões reservados para a compra de vacinas.

Mortes e casos após um ano de pandemia

Reblin solidarizou com as famílias que perderam pessoas para covid-19 em um ano de pandemia. “Perdemos muitas pessoas. Ocorreram mais de 6 mil óbitos em todo o Espírito Santo sendo. Uma verdadeira tragédia. Esse quantitativo representa próximo de 30% do número de óbitos que acontecem anualmente no Espírito Santo”, lamentou. 

Foram 6499 mortes e mais de 331 mil casos em um ano de pandemia. Segundo o subsecretário, já se conhece mais sobre a doença e de como lidar com seus sintomas. Ele reforçou que o Estado tem feito o seu dever de casa, mantendo em condições de abrir mais leitos de UTI. 

“Hoje, nós temos 691 leitos ativos de UTI e mais de 1300 leitos somando aos de enfermaria. Temos ainda a previsão de ampliar para 900 leitos de UTI no mês de abril”, quantificou. 

Inclusive, na tarde desta sexta-feira (05), o governador Renato Casagrande anunciou em rede social a abertura de mais leitos de UTI e de enfermaria para tratamento e covid-19 no Hospital Praia do Canto, em Vit´´oria. 

Mesmo com mais leitos, Reblin apela para o bom senso da população para que continue a cumprir as regras de prevenção como uso de máscara, distanciamento social e higienização constante das mãos. 

“É isso que a gente precisa ter: consciência. Essa situação só será resolvida com a vacina. Mas, até lá, a solução está na máscara. Usar a máscara corretamente, cobrindo o nariz e a boca, não colocando a mão na máscara, lavando as mãos, mantendo a distância. Tudo isso é como se tivesse tomado uma dose de vacina, tem uma proteção alta. É preciso ter essa consciência senão nós vamos repetir a história de Santa Catarina”, finalizou.