A inglesa Lisa Camilleri, de 51 anos, teve um grande prejuízo neste final do ano. Uma secadora de roupas explodiu. “Perdi tudo”, contou ela.
Lisa disse que estava sozinha em casa quando ouviu um “estrondo alto”. “Entrei na cozinha e quando me virei vi chamas alaranjadas”, afirmou em depoimento ao tabloide inglês The Sun.
Minutos depois, a fumaça fez as janelas explodirem num segundo estrondo. Ela telefonou para a emergência e conseguiu escapar com vida, juntamente com o filho Alfie, de 9 anos. Para piorar, ela havia se mudado há pouco tempo e não tinha renovado o seguro do local. Como resultado, a companhia de seguros está oferecendo menos da metade do valor necessário para os reparos. Lisa possui dificuldades para locomoção por ter artrite, costocondrite e fibromialgia: “eu perdi tudo, mas agradeço por estar com vida. Felizmente Alfie não estava lá”, disse.
O quarto do filho dela foi o único que escapou das chamas, embora alguns dos brinquedos dele tenham sido danificados pela fumaça. Enquanto investiga o caso, o seguro ofereceu uma residência temporária para os dois, mas Lisa optou por deixar Alfie com a irmã dela: “é isso, não posso voltar para meu apartamento”
Ela acha que o trabalho de conserto e restauração demorará “vários meses”.
Uma investigação de autoridades inglesas revelou um dado assustador: eletrodomésticos da marca Whirlpool foram responsáveis por cerca de 900 incêndios só em Londres desde 2009. É um número assustador, uma vez que eletrodomésticos foram responsáveis por cerca de 2.891 incêndios na região no período, o que torna alguns dos produtos mais perigosos vendidos no país atualmente. E a maior ameaça para a integridade das residência são as máquinas secadoras. Os números foram divulgados pela Brigada de Incêndio de Londres e divulgados pelo Daily Mail. Os incêndios incluídos na lista envolveram 10 mortes e 384 feridos.
A empresa foi questionada sobre esses dados assustadores e se limitou a divulgar um memorando de assessoria de imprensa “A Whirlpool não pode verificar esses dados e, portanto, é incapaz de especular”, disse a empresa para o jornal The Guardian. Mundialmente, foram vendidos 5,3 milhões secadores da empresa entre 2004 e 2015. Dentro de cada uma delas, o aviso de que ela pode gerar incêndio.
Entre os parlamentares ingleses, iniciou-se uma campanha para pressionar a Whirlpool. Os políticos cobram formas mais rápidas para identificar problemas do tipo além de recall para trocar os aparelhos problemáticos. Desde 2015, pelo menos, a empresa está ciente dos grandes riscos de incêndios pelas secadoras, mas afirmou que não era necessário um grande recall, uma vez que uns poucos engenheiros poderiam lidar com lotes mais problemáticos:
“As mercadorias brancas mais perigosas em nossas casas são máquinas de lavar, secadoras e geladeiras. Ninguém espera que eles peguem fogo, muito menos os matem”, afirmou ao Daily Mail Jill Paterson, advogado de um grupo de moradores atingido por um incêndio iniciado por uma secadora, em 2016.
Segundo a organização Electrical Safety First, menos de 20% dos aparelhos defeituosos são corrigidos. Segundo autoridades, no entanto, esse tipo de dados deve ser analisado mais friamente, tudo porque, no momento de um incêndio, outros fatores devem ser levados em consideração, pode existir mau uso dos aparelhos, bem como problemas elétricos na casa. Mas, como os números da empresa são três vezes piores que o segundo colocado, é bem provável que exista realmente um problema sério com esses aparelhos.
Com informações do Portal R7!