Apesar de registrar movimento um pouco menor que o habitual, as unidades de saúde Cariacica em estão em alerta. De acordo com a Secretaria de Saúde, neste fim de semana foram atendidos cerca de 300 pacientes. Quase metade tinha suspeita da covid-19. Cerca de 140 testes foram coletados.
Com 440 casos e 12 mortes, a cidade está em quarto lugar no ranking do Estado. Para atender aos moradores, são 1.294 profissionais de saúde na linha de frente no combate ao coronavírus.
Segundo a prefeitura, todos têm equipamentos de proteção individual. A porta de entrada para o tratamento à doença são os 28 postos de saúde e as três unidades de pronto atendimento.
Depois da consulta, se o quadro do paciente é considerado estável, é encaminhado para o isolamento domiciliar. Quando é indicada a internação, a equipe do Pronto Atendimento aciona a Central de Regulação de Vagas, do Governo do Estado, e é levado ao hospital Jayme Santos Neves, na Serra.
Assim como os outros municípios da Grande Vitória, Cariacica não tem estrutura para tratar pacientes graves, mesmo se houver um colapso nos hospitais estaduais de referência. De acordo com a secretária de saúde, Bernadete Xavier, os leitos de isolamento e os respiradores são utilizados nos PAs apenas até a liberação de vagas para transferência.
“O município não terá capacidade para atender todos os moradores de Cariacica que estiverem em uma situação grave. Nós estamos fazendo uma ampliação dos nossos leitos de isolamento nos PAs, para observação e maior controle desse paciente, para ele não ficar em estado grave”, afirmou Bernadete.
De 15, a ideia é aumentar para 25 leitos de isolamento, exclusivos para pacientes do novo coronavírus. Todos no PA do Trevo, em Alto Lage – que é o maior, funciona 24 horas e tem maior número de atendimentos.
No local, a triagem funciona assim: os pacientes com sintomas gripais são separados imediatamente, quando passam por uma primeira triagem. Uma fila é formada com quem tem os sintomas. Segundo a Secretária de Saúde, todos fazem testes do novo coronavírus. E é ela quem faz um apelo à população.
“Não vamos subestimar o potencial do vírus. É importante que as pessoas fiquem em casa e protejam as suas famílias. Nós, servidores da saúde, servidores da assistência e da segurança pública, estamos na linha de frente, no trabalho diário para que a população seja bem assistida”, afirmou.
* Com informações de Andressa Missio, da TV Vitória / Record TV