Geral

Secretaria de Esportes de Vitória muda de endereço com medo de rachaduras

As explosões estão sendo realizadas na baía de Vitória com a finalidade de ampliar a profundidade do canal para 14 metros e possibilitar que navios maiores aportem na Capital capixaba.

As explosões tem a finalidade de aprofundamento da baía Foto: Reprodução

O prédio do Saldanha da Gama, no Forte São João, em Vitória, está com rachaduras e assustando os servidores da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semesp) que atualmente funciona naquele endereço. Segundo a assessoria de comunicação da Semesp, como medida preventiva, o órgão está de mudança para o Centro Esportivo Tancredo de Almeida Neves (Tancredão), em Mário Cypreste.

De acordo com a Secretaria de Esportes, a mudança já estava prevista, mas foi adiantada em virtude das rachaduras na estrutura que apareceram após as explosões de pedras próximas ao local. A Defesa Civil Municipal realizou uma vistoria e não constatou risco de desabamento do prédio, mas, mesmo assim, como medida preventiva, a transferência será realizada.

A Defesa Civil Municipal esteve no local na última quinta-feira (25) e informou que a previsão é do laudo ser emitido na próxima semana. 

Moradores da escadaria Alice Maciel no bairro Forte São João também estão com medo das rachaduras de suas casas, mas diferentemente da Semesp, não tem para onde ir, e por isso passam a noite acordados com medo de perder o patrimônio.

Segundo Roney Sait, morador do Forte São João, ele começou a perceber as rachaduras dentro de casa há cerca de um mês, mas fora de casa, já tem cerca de seis meses que as rachaduras já são visíveis.

O também morador José Carlos tem receio do desabamento das casas. “A gente fica preocupado da casa desabar em cima da gente, porque tem uma casa ao lado com rachadura no chão. Ela pode desabar em cima na nossa e do vizinho”.

As explosões estão sendo realizadas na baía de Vitória com a finalidade de ampliar a profundidade do canal para 14 metros e possibilitar que navios maiores aportem na Capital capixaba.

A empresa responsável pelo serviço de detonação das pedras é a Etermar, que atua sob fiscalização da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República e da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). 

Porém, em virtude das rachaduras apresentadas no prédio do Saldanha e nas casas do Forte São João, a Codesa informou que os serviços na região foram temporariamente interrompidos. 

Ainda segundo a Companhia, a vibração é monitorada por sismógrafos e os dados são analisados pelo observatório sismológico da Universidade de Brasília. Depois um relatório é devolvido ao consórcio responsável pelas obras e repassado ao Instituto Estadual de Meio Ambiente. A Codesa disse ainda que vai traçar novas ações junto com a Defesa Civil Municipal.