Após a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretar estado de emergência de saúde pública para a poliomielite, que se espalhou por diversos países, como: Afeganistão, Camarões, Guiné Equatorial, Etiópia, Israel, Nigéria, Paquistão, Somália e Síria, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que não há riscos de epidemias durante a estada da seleção de Camarões no Espírito Santo.
De acordo com a Sesa, a doença está erradicada. “Não temos casos de contaminação no Brasil todo desde 1990. O capixaba não precisa se preocupar. A criança é imunizada ainda muito cedo. A primeira dose acontece aos dois meses e a segunda aos quatro meses. Além disso, o famoso “ Zé Gotinha”, que faz parte da campanha de vacinação, é uma campanha nacional de imunização da Poliomielite”, explica Danielle Grillo, coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria.
Os turistas, porém, devem ficar atentos às vacinas. Em nota, o Ministério da Saúde recomenda aos brasileiros que queiram visitar países em estado de alerta que mantenham atualizada a caderneta de vacinação. De acordo com o Ministério da Saúde, O Brasil possui certificado da OMS de eliminação da doença e, anualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) realiza campanhas de vacinação, com coberturas superiores a 95%, o que confere alto grau de proteção à população brasileira, e afirmou que o Ministério da Saúde monitora permanentemente a situação epidemiológica da doença em outros países. A vacina contra a poliomielite é ofertada gratuitamente nos postos de saúde.
Vírus
A poliomielite é uma doença altamente contagiosa que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos. É provocada por um vírus que invade o sistema nervoso e pode causar paralisia total em algumas horas, além de poder se propagar rapidamente nas populações não imunizadas. Ele penetra no organismo pela boca e se multiplica nos intestinos.
Uma paralisia irreversível (em geral nas pernas) acontece em um caso a cada 200. Entre 5% e 10% dos doentes com paralisia morrem, quando o aparelho respiratório para de funcionar. No Brasil, desde 1989, nenhum caso de pólio paralítica foi detectado, nem a presença do vírus em portadores assintomáticos, ou ainda no meio ambiente.