Em entrevista na Rádio Jovem Pan News na manhã desta terça-feira (19), o subsecretário de vigilância em saúde Luiz Carlos Reblin afirmou que até o final de maio, pouco mais de dez dias, é possível que o Espírito Santo contabilize cerca 600 mortos em decorrência do coronavírus.
O número representa o dobro de óbitos do que já foi registrado até ontem, no Painel Covid-19, que mostra 302 mortes. A projeção é baseada em cálculos matemáticos de diversas instituições capixabas e de fora do Estado.
“Nossa situação é bastante importante nesse momento. Nós ainda estamos numa elevação da nossa curva. A gente não chegou no topo da curva. O topo significa que nós vamos ter muitos casos e talvez ela se permaneça num período entre duas a seis semanas neste topo, só depois que houver o distanciamento entre nós ela poderá decrescer. As estimativas de casos e óbitos são feitas a partir de projeções de instituições nacionais, que nos ajudam na compreensão e também de projeções locais. As projeções locais, infelizmente, apontam para uma possibilidade para até o final de maio nós atingirmos muito próximo de 600 óbitos”, afirmou Reblin.
Confira a entrevista completa:
Inquérito Sorológico
Em entrevista coletiva, via internet, na tarde de ontem [segunda-feira – 18], o Secretário de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, detalhou os resultados da primeira fase do Inquérito Sorológico, realizado com o objetivo de mapear o percentual de pessoas que já tiveram contato com o coronavírus no Estado.
De acordo com o secretário e conforme já havia adiantado o governador Renato Casagrande, mais cedo, nas redes sociais, um total de 84.391 pessoas já foram contaminadas com a covid-19 no Espírito Santo. O número corresponde a 2,1% da população capixaba.
Deste total, cerca de 12.603 a 19.696 pessoas (quase 20% do total) não apresentaram sintomas da covid-19, ou seja, foram contaminados, mas estavam assintomáticas.
O secretário reforçou a importância do respeito às medidas de distanciamento. “O distanciamento social é uma questão de cada um. As medidas de distanciamento social permitem salvar vidas. Para romper a cadeia de transmissão, apoie o isolamento social”, afirmou Nésio.
O subsecretário de vigilância em saúde, Luiz Carlos Reblin, disse que “quase 4 milhões de capixabas ainda podem ter contato com a doença”, por isso a importância de se respeitar o isolamento.