Representantes de comunidades indígenas de Aracruz, no norte do Estado, continuam ocupando uma área onde estão localizadas torres de transmissão de energia elétrica da EDP Escelsa, concessionária responsável pelo abastecimento no Espírito Santo. Eles estão no local desde o dia 30 de novembro e reivindicam uma compensação financeira, por parte da empresa, por conta das torres, que estariam instaladas em terras indígenas.
Nesta quinta-feira (10), o Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF-ES) passou a acompanhar de perto a situação e tenta mediar o impasse. O procurador-chefe do MPF-ES, Julio de Castilhos, e o procurador da República Fernando Amorim Lavieri chegaram à região pela manhã.
O Ministério Público Federal informou que os procuradores ouviram os integrantes das comunidades e, até o final da manhã, a Escelsa não teria encaminhado nenhum representante para negociar com os índios. Ainda de acordo com o MPF-ES, nesta quinta-feira indígenas e EDP Escelsa voltaram a negociar, mas não chegaram a um acordo. Com isso, os índios teriam ameaçado atear fogo nas torres.
A concessionária informou, por meio de nota, que manteve contato com as comunidades indígenas e que está tomando todas as medidas para garantir o fornecimento de energia elétrica à região.