O calor chegou com tudo no Espírito Santo. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Cachoeiro de Itapemirim, localizado no Sul do Espírito Santo, foi a cidade mais quente e registrou 40,1ºC graus no domingo (05), às 15h. A sensação térmica chegou aos 59ºC.
Entretanto, é preciso diferenciar: temperatura não é a mesma coisa que sensação térmica. Diante disso, o Folha Vitória entrevistou a meteorologista Thabata Brito, para entender melhor o tema.
>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!
Segundo a especialista, a sensação térmica é o termo “popular” e “incorreto” para índice de calor. “É considerada a temperatura sentida devido a combinação entre a temperatura aparente do ar e a umidade relativa do ar”, descreve.
A metereologista explica que a medição em Cachoeiro foi realizada na estação localizada na zona rural do município. Diante disso, é possível que no Centro, o índice de calor e temperatura estivesse ainda mais elevado.
“O município de Cachoeiro é cercado de montanhas e fica com o rio Itapemirim no meio. Nos dias mais quentes, ocorre um bolsão de calor, porque o ar não é trocado. Diante disso, a umidade do ar acaba fazendo com que a sensação de calor seja ainda maior”, detalha o especialista.
Além disso, segundo Thabata, fevereiro era esperado para ser um mês com temperaturas mais elevadas e com mais calor.
“Após o longo período de frente fria e dias seguidos de estação chuvosa, a nossa percepção acaba se modificando. Quando o ciclo de chuvas é encerrado, temos um céu azul, sem nuvens com mais momentos de reflexão da luz”, explica.
Confira a variação de temperatura:
Ainda segundo o Instituto, os locais com calor intenso podem gerar riscos aos indivíduos, entre eles: hipertermia, câimbras de calor, possibilidade de fadiga após a realização de atividades físicas.
LEIA TAMBÉM: ES recebe alerta laranja para tempestade com granizo e chuva intensa
