Duas manifestações mudaram a rotina das sedes da administração de Cariacica e Vitória, na manhã desta quinta-feira (25). Servidores dos municípios entraram nas sedes e protestaram, para pedir reajuste salarial.
Em Vitória, cerca de 200 servidores públicos entraram no palácio municipal e protestaram. Com apitos e caixa de som, os servidores pediram reajuste. “O que nós pedimos é o mínimo de repasse inflacionário de 12% para todos os servidores. Sem conseguir negociar com a prefeitura temo sim indicativos de greve dos 11 mil servidores da Capital”, diz a presidente do Sindicato dos Servidores municipais de Vitória, Walesca Timóteo.
Além da reposição inflacionária de 12%, os servidores pedem um aumento no auxílio alimentação, que atualmente é de R$ 200 para jornada de trabalho de 30 horas, e R$ 250 para jornada de 40 horas semanais. Os servidores pedem, também, que o auxílio alimentação seja pago em dinheiro, e não em forma de cartão.
Já em Cariacica, dezenas de servidores ficaram em frente ao gabinete do prefeito Geraldo Luzia (PPS) e realizaram um piquenique em forma de protesto. “Nós pedimos o nosso direito, que é o reajuste mínimo conforme a inflação acumulada. A prefeitura não negocia, matem a oferta de 3% e nós não aceitamos”, afirma o representante do Sindicato dos Servidores Municipais de Cariacica (Sindsmuc), Rodolfo Kinupps.
Além de reivindicar um aumento de 8,34% nos salários, os servidores pedem, também, um reajuste no auxílio alimentação, de R$ 150 para R$ 200. A categoria já está em greve desde o último dia 22 e apenas os serviços essenciais, conforme estipulado em Lei, são mantidos, porém, com efetivo reduzido.
Em nota, a secretária de Gestão e Planejamento de Cariacica, Mary Lucy Gomes de Souza, informou que a administração sempre atendeu aos pedidos de reuniões do sindicato, ouvindo as propostas e explicando a capacidade da prefeitura de atendê-las, conforme a realidade do município. A administração mantém a proposta inicial de reajuste de 3%. Quanto ao auxílio alimentação, a nota afirma que em janeiro deste ano o município igualou o valor do mesmo. Antes, o auxílio alimentação no valor de R$ 150 era referente à carga horária de 40 horas. Para carga horária de 30 horas, o valor era proporcional. Agora, o valor é o mesmo para ambos os casos.
A Prefeitura de Vitória respondeu por nota que a Secretaria Municipal de Administração (Semad) informa que mantém permanente canal de diálogo e negociação com o sindicato. já a Secretaria Municipal de Fazenda (Semfa) informou que enfrenta a maior queda na receita de sua história, que começa a atingir os limites do gasto com pessoal estabelecidos pela lei de responsabilidade fiscal. Mesmo sem conceder reajuste salarial aos servidores, as projeções da Semfa indicam que somente com o crescimento vegetativo da folha, o comprometimento da RCL com pessoal deve atingir 51.56% no próximo mês de dezembro, ultrapassando o limite prudencial em 2015 (51,30%). No entanto, esclarecemos que o município tem feito esforços no sentido do estimular o crescimento da receita, afim de não atingir o limite prudencial.
