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Servidores ocupam sede capixaba do INSS para protestar contra corte de ponto

Ministério da Previdência marcou reunião com os grevistas para a próxima segunda-feira (31), mas afirma que medida está de acordo com a lei e que segue orientação do do MP

Grevistas ocuparam a sede regional do INSS nesta sexta-feira (28) Foto: Divulgação

Os servidores federais do INSS que atuam no Estado ocuparam, durante toda esta sexta-feira (28), a gerência regional da Previdência Social, em Vitória. Os motivos do protesto são o corte de ponto que foi realizado no pagamento do mês de agosto e a reivindicação para que não haja novo corte no pagamento. Os manifestantes deixaram a unidade após o Ministério da Previdência marcar uma reunião.

Em assembleia, realizada às 10 horas, os grevistas aprovaram a manutenção da greve até terça-feira (1º), quando será realizada uma nova assembleia geral no Estado. Na segunda-feira (31), o Governo Federal se reunirá com representantes dos sindicatos da categoria para negociação.

Segundo os trabalhadores a greve é legal, um direito do trabalhador e o processo de negociação ainda está em curso. Em nota, o Ministério da Previdência explicou que o procedimento foi adotado tendo por fundamento o previsto no Decreto nº 1.480, que dispõe que a falta por motivo de greve não pode ser objeto de abono ou compensação.

“O desconto não está vinculado à decretação de ilegalidade da greve e que uma eventual compensação depende de acordo entre as entidades sindicais e o Ministério do Planejamento, o que, até o momento, não ocorreu. Segundo orientação recebida do próprio Ministério, é obrigação do gestor adotar as providências para efetuar o corte de ponto referente aos dias parados na rubrica específica de falta por greve, sob pena de responsabilização”, diz o comunicado.

Greve no ES

Os 1.600 funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que atuam no Espírito Santo decidiram entrar em greve durante uma assembleia realizada no dia 15 de julho. No primeiro dia do movimento, cinco agências ficaram fechadas, quatro funcionando parcialmente e outras cinco com assembleia marcada e indicativo de greve.

Depois de mais de um mês, na sexta-feira (21) passada, os trabalhadores decidiram continuar com a paralisação após assembleia. Pelo menos 26 agências do INSS acataram a greve, prejudicando o atendimento com a redução de funcionários.