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Servidores públicos do Espírito Santo protestam e interditam o trânsito em Vitória

O protesto é de servidores públicos estaduais que decidiram fazer uma passeata após uma assembleia geral da categoria, ocorrida na manhã desta quarta-feira (8), na Praça do Papa

Os manifestantes foram a caminho da Assembleia Legislativa do Estado Foto: Cristiano Stefenoni/WhatsApp Folha Vitória

Cerca de 150 manifestantes protestaram na sede da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), e do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), e interditaram o sentido Camburi ao Centro, da Avenida Américo Buaiz, no bairro Enseada do Suá, em Vitória.

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O protesto foi de servidores públicos estaduais que decidiram fazer uma passeata após uma assembleia geral da categoria. Segundo a Guarda Municipal de Trânsito de Vitória, por volta das 13h20, os manifestantes começaram a se dispersar e não havia retenção no trânsito.

Cerca de 150 servidores públicos do quadro geral do Espírito Santo decidiram pelo protesto após uma assembleia da categoria, realizada na manhã desta quarta-feira (8), realizada na Praça do Papa, em Vitória.

Guarda Municipal:150 servidores participaram da assembleia Foto: Rosane Baptista Aleixo/WhatsApp Folha Vitória

Os servidores dizem que o governo tem utilizado de uma “contabilidade criativa” para tentar justificar cortes em áreas do funcionalismo público. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo (Sindipúblicos-ES), o Estado “pratica uma política indiscriminada de renúncia e sonegação fiscal, além de contratar obras e serviços supérfluos, como por exemplo, uma assinatura milionária de TV a cabo para os gabinetes oficiais”.

Já de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindisaúde-ES), desde que assumiu, a nova gestão do governo do Estado teria cortado o orçamento da saúde. Com isso, 43 hospitais filantrópicos e os demais da rede pública correm o risco de fechar. O sindicato afirma que o Estado arrecadou até junho de 2015, mais de R$ 7,8 bilhões e possui um superávit de R$ 447 milhões.

Em contato com o jornal online Folha Vitória, o assessor de relações sindicais da Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos (Seger), Francisco José Carlos, disse que o governo está em constante diálogo com a categoria, mas afirma que o caixa do governo está apertado e não há como atender os servidores de imediato.

Os manifestantes seguiram em passeata em direção ao TJES Foto: Reprodução/Facebook/Sindipúblicos-ES

“A movimentação dos servidores é sempre justa, dentro da legalidade e sem prejudicar os serviços à população. O governo mantém um canal de diálogo aberto. Porém, a situação econômica que o Espírito Santo e o Brasil passam, não permite que atendamos de imediato os servidores. Nós estamos com aumento de despesas e diminuição da receita”, diz.

Sobre o superávit de R$ 447 milhões, o governo argumenta: “O governo do Estado é fiscalizado por vários órgãos e precisa ser transparente. Esse superávit é real, mas de valor que o governo do ES tem, são R$ 97 milhões, que são para pagar dívidas até o final de 2015. O restante do valor são vinculados, como o da previdência que é um recurso que não está disponível para ser usado”, conclui Francisco.