Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o setor de eventos sociais está paralisado e sofre não só com os adiamentos, mas também com as incertezas em relação à retomada. Após anunciar a liberação dos eventos corporativos e atividades culturais, que puderam retornar no dia 1º de setembro, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, sinalizou também uma possível retomada para os eventos sociais, como casamentos, formaturas e aniversários.
Durante pronunciamento na tarde desta sexta-feira (04), Casagrande afirmou que vai anunciar, na próxima semana, algumas alternativas para a realização de eventos sociais nos municípios classificados em risco baixo para o novo coronavírus. Atualmente, são 28 cidades capixabas na classificação, incluindo duas da Grande Vitória: Serra e a capital, Vitória.
“Eu sei que tem muita gente perguntando sobre eventos sociais. Então, para os municípios de risco baixo, durante a semana que vai entrar, nós vamos discutir qual o nosso protocolo para alguns eventos com número limitado de pessoas. Até sexta-feira que vem, vamos apresentar algumas possibilidades, com muitas restrições, naturalmente e número máximo de pessoas”, explicou.
O governador destacou que o setor está paralisado desde o início da pandemia e enfatizou que, caso aconteça, a liberação será feita com limitações.
“Nós vamos apresentar porque sabemos que esse setor está em uma situação de paralisação, de estagnação desde que começou a pandemia. Vamos dando algum passo seguro e, na semana que vem, poderemos anunciar algumas atividades para os municípios de risco baixo, com muita limitação no número de pessoas em cada evento, com protocolo e distanciamento.”
Expectativa do setor
A especialista em casamentos e digital influencer, Karol Tristão, afirmou que o setor já estava na expectativa por um posicionamento e esclareceu que há uma diferença entre eventos sociais e grande eventos.
“A gente já estava na expectativa por essa previsão e finalmente ela veio agora. Foi uma pressão imensa do setor, pois são milhares de pessoas envolvidas. É muita gente por trás de um evento e são pessoas que precisam dessa atenção. Existe uma diferença entre eventos sociais e grandes eventos, como shows e espetáculos maiores. O que aconteceu foi que colocaram todo mundo junto e a decisão foi postergando”, explicou.
Com a liberação, segundo Karol, há possibilidade da realização de alguns casamentos já no próximo mês, em outubro. Ela destaca que o setor está preparado e agora só aguarda o aval para retornar.
“Queremos trabalhar, mas não é de qualquer jeito. Nós queremos ter o ‘ok’ para fazer nosso trabalho, mas seguindo todos os protocolos sanitários, distanciamento, redução no número de pessoas, com responsabilidade. A nossa expectativa é de que vindo essa liberação, alguns casamentos já possam acontecer em outubro. O setor está preparado e só aguarda mesmo a decisão da liberação para voltar.”
Quem também não vê a hora de retomar atividades é a Mariana Gusmão, proprietária do O Mais Legal Cerimonial. Para ela, o anúncio feito pelo governador já sinaliza que, após seis meses, as coisas estão andando novamente.
“Isso é muito positivo porque quando flexibiliza, por um lado, as coisas estão andando. Tem bastante evento por aí! Em outubro, novembro e dezembro, por exemplo, está lotado. Se liberar, ajustamos o número de convidados para ter toda segurança que a gente precisa. É muito mais seguro você reunir um grupo de amigos e familiares que você conhece, sabe se a pessoa já teve covid-19 e fazer um evento ou uma comemoração respeitando todas essas normas, por exemplo, do que sentar em uma mesa de restaurante ou bar, ao lado de pessoas que nunca viu na vida”, destaca.
Mariana enfatizou que os empresários e trabalhadores da área precisam do aval para retornar e garante que tudo será feito com muita responsabilidade.
“A gente sabe da nossa responsabilidade, não só quanto profissionais, mas como pessoas. O setor infantil, principalmente, tem um zelo muito grande, desde antes da pandemia. Liberando, seremos o mais responsável possível em relação a tudo. Tem que ser tudo dentro de um parâmetro, mas precisamos voltar ou então o setor vai morrer. Um evento não é comprado de imediato, então a gente precisa desse aval, dessa liberdade, para poder voltar a fazer a roda girar.”