Sobrecarga de trabalho e má remuneração foram as principais queixas apuradas pelo Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Guarapari. A situação avaliada pelo sindicato foi tão grave que eles consideram levar esse relatório até o Ministério Público Federal.
De acordo com presidente do Simes Dr. Otto Baptista, a blitz no município, inclusive foi motivada por denúncias na unidade.“Boa parte das denúncias foi motivada pelas condições na UPA.
A principal queixa foi a sobrecarga de trabalho. São três médicos que chegam a atender 400 pacientes. Reunimos com a diretora da unidade e solicitamos o histórico de atendimentos desde o verão. Sabemos que alguns atendimentos são sazonais mas o que constatamos é que isso é frequente”, concluiu o presidente do sindicato.
Ainda de acordo com Otto, a remuneração dos médicos fica muito aquém para um plantão de 12 horas ou 24 horas de trabalho. “Alertamos aos médicos sobre a precariedade das condições de trabalho e queremos que o município se manifeste com soluções o mais rápido possível”.
Em nota a prefeitura disse que “a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informa que em momento algum o sindicato pediu relatório do número de atendimentos e nem verificou prontuários. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atendem quatro médicos durante o dia e três a noite, totalizando sete médicos a cada plantão de 24h. A UPA tem ainda mais um médico que realiza todos os dias que faz o serviço de regulação de internação.
A UPA possui também um ortopedista que atende toda terça e quinta, a partir das 13 horas e um médico de pequenas cirurgias que atende toda segunda-feira, também a partir das 13h”.