O Sindicato dos Policiais Civis do Espírito Santo (Sindipol/ES) alertou para a superlotação de um pátio da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), em Alterosas, na Serra. De acordo com números da entidade, aproximadamente cinco mil veículos estão no local.
De acordo com Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol, com o crescente número de ocorrências referentes ao número de furtos e roubos de veículos, Alterosas chega a receber uma média de 10 carros por dia, podendo aumentar para 40 nos finais de semana e feriados.
“Estão depositados no local aproximadamente três mil carros e cinco mil motos. Há reclamação de moradores com medo de focos do mosquito Aedes Aegypti, muitos veículos são danificados lá dentro e tem os roubos”, afirmou Jorge Emílio Leal, presidente do Sindipol.
Emílio disse ainda que criminosos das regiões próximas do pátio da DFRV invadem o local durante a noite. “Não bastasse o prejuízo que a vítima tem ao ter o seu veículo roubado, criminosos fazem buracos no muro do pátio para roubar motos e peças de carro. O local é imenso, com pouca iluminação a noite e com apenas um vigia”, afirmou.
Leal informou que grande parte dos veículos ali localizados estão com combustíveis no tanque, um potencial risco de incêndio e, além disso, o pátio não teria licença municipal. “A área que foi alugada pelo Estado para ser o pátio não tem licença municipal para funcionar”.
Por meio de nota, a Prefeitura da Serra informou que a Polícia Civil já foi notificada para apresentar alvará e habite-se do local. A prefeitura informou ainda que vai realizar uma nova fiscalização para exigir os documentos.
Já a assessoria da Polícia Civil informou que a maioria dos veículos são apreendidos em operações policiais e, muitas vezes, devido ao estado que foram recuperados, os proprietários não querem mais rever o carro. Para isso, a polícia já está solicitando à Justiça a destruição deles.
De acordo com a PC, o local onde fica o pátio é alugado, mas o Governo do Estado teria cedido uma área para a construção de um novo pátio quatro vezes maior que o atual. Segundo o órgão, o projeto de construção já está em fase de contratação.