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Sindicatos capixabas pedem multa para quem fechar as ruas no protesto contra Dilma

Segundo a presidente da CUT capixaba, Noêmia Simonassi, a entidade busca que o mesmo tratamento seja dado pela Justiça a todas as manifestações

Polícia Militar teve de agir para evitar bloqueio de ruas da Grande Vitória em protesto da CUT, em maio Foto: Divulgação

Representando os sindicatos dos trabalhadores filiados do Estado, a Central Única dos Trabalhadores recorreu ao Ministério Público, no fim da tarde desta sexta-feira (14), para que entre com um pedido de liminar contra o fechamento ou bloqueio de vias da Grande Vitória durante os protestos contra o governo previstos para o próximo domingo (16) à tarde.

Segundo a presidente da CUT capixaba, Noêmia Simonassi, a entidade busca que o mesmo tratamento seja dado pela Justiça a todas as manifestações, independente de quem seja o organizador.

“Queremos regras iguais às fixadas em juízo para a ação ministrada pelos sindicatos em março. Isso inclui a previsão de multa para quem interromper o fluxo das pessoas nas ruas, o que cerceia o direito de ir e vir da população”, explicou.

A assessoria do MPES informou que, após protocolo, o pedido deverá ser apreciado por algum promotor para então definir se haverá ou não pedido de limitar quanto ao caso à Justiça. 

Entenda melhor

No dia 29 de maio, a Central Única dos Trabalhadores organizou uma manifestação que prometeu parar a Grande Vitória. Os motivos da paralisação eram variados, de reforma agrária, passando pelos direitos humanos, maioridade penal até alíquota de imposto de renda. 

Na véspera da mobilização, a Justiça determinou, a pedido do Ministério Público, uma multa aos sindicatos envolvidos no valor R$ 200 mil em caso de obstrução das vias

Sobre domingo

Organizadores da manifestação se reuniram com representantes da Polícia Militar e informaram que haverá um efetivo de 500 policiais para garantir a segurança de quem foi participar da manifestação. Alguns políticos capixabas confirmaram que irão às ruas juntamente com a população.

Embora seja uma manifestação de cunho político, a intenção é tornar o protesto um encontro marcante. Para tanto, uma coreografia será apresentada. Apelidada de “Dança do Impeachment”, os passos serão ensinados por uma coreógrafa que participa da organização.  

Os organizadores acreditam que a manifestação poderá ser maior que a de março, quando segundo a PM, houve a participação de mais de 100 mil pessoas