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Sistema inédito no Brasil mapeia regeneração da Mata Atlântica no Espírito Santo

Toda a vegetação capixaba está sendo mapeada através de imagens aerofotogramétricas

Sistema inédito no Brasil mapeia regeneração da Mata Atlântica no Espírito Santo

Um sistema inédito no Brasil foi implantado no Espírito Santo para fazer o mapeamento de áreas de vegetação no Estado. Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), tudo faz parte de uma base de dados, adquirida por meio de uma licitação pelo Governo. São imagens aerofotogramétricas, com alta qualidade, que registram tudo o que há em solo capixaba.

“São informações muito úteis para o Estado. Essa alta qualidade das imagens permite um detalhamento maior de todos os lotes, estradas e sinais, e a integração com uma série de dados, tipos de relevos em curvas de cinco para cinco metros e um mapeamento novo da hidrografia. Dá para saber onde todos os rios estão encaixados . As imagens que tínhamos eram muito antigas e precárias”, destacou o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Aladim Cerqueira.

Entre as imagens estão o mapeamento da vegetação de 25 categorias com o uso do solo. “Foi mapeado a Mata Atlântica em regeneração no estado inicial, médio e avançado, além de lavouras de café, eucalipto e pastagem. Isso permite um salto de qualidade no planejamento e gestão ambiental”, disse Cerqueira.

Com o mapeamento da Mata Atlântica, os dados vão apontar a quantidade de floresta que ainda haverá nos próximos anos no Estado. “Estamos mapeando áreas desmatadas e gerenciando o crescimento dessas florestas. A base de dados que temos ainda está dentro da Seama, mas ela, segundo especialistas, corresponde a base de dados de países mais desenvolvidos como alguns da Europa e os Estados Unidos. No Brasil esse trabalho é inédito”, afimrou.

De acordo com o secretário, o desafio agora é como disponibilizar essas imagens para que todos tenham acesso, já que os arquivos são muito grandes e pesados. “Estamos fazendo um acordo com a Prodest e todas as imagens serão disponibilizadas lá, para que a sociedade tenha acesso. Essas imagens também podem ser usadas para estudo. Também fizemos um convite de parceria com o Ifes [Instituto Federal do Espírito Santo] para que o curso de geomática possa produzir informações através disso”.