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Site do TJES continua fora do ar e ataque cibernético pode fazer mais vítimas nesta segunda

Este é um dos maiores ataques virtuais da história da internet, e atingiu pelo menos 150 países, segundo agências de notícias internacionais

O ataque aconteceu na sexta-feira  Foto: EBC

Um ataque cibernético atinge computadores de todo o mundo, desde o fim da última semana, e os sites do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e da Prefeitura de Vila Velha foram tirados do ar última sexta-feira (12). Na manhã desta segunda-feira (15), apenas o site do TJES continua fora do ar. 

Segundo autoridades europeias, o ataque foi cometido por criminosos e não por terroristas. Eles se aproveitaram de uma falha no sistema Windows, que foi consertado em março deste ano. Quem não atualizou o Windows ficou vulnerável e acabou sendo atingido.

O vírus ‘embaralha’ os arquivos do computador e pede que seja feito um pagamento para restaurar os arquivos e recuperar o sistema.

Os suspeitos de terem cometido esse ataque ainda não foram encontrados e a dica é manter o Windows atualizado para o computador não ficar vulnerável.

O ataque pode aumentar nesta segunda-feira

O diretor do Serviço Europeu de Polícia (Europol), Rob Wainwright, declarou no domingo (14) que o ciberataque já deixou 200 mil vítimas em “pelo menos 150 países” e advertiu que o número de atingidos continuará crescendo a partir desta segunda-feira (15). As informações são da agência de notícias EFE.

Em declarações à emissora britânica ITV, Wainwright advertiu que o vírus continuará se propagando “quando as pessoas voltarem ao trabalho e ligarem seus computadores a partir de segunda-feira”.

O software malicioso que se propagou na sexta-feira bloqueou os computadores em numerosos centros de saúde no Reino Unido, bem como em empresas e órgãos públicos na Espanha, França, Alemanha e Rússia, entre outros países. “Fazemos cerca de 200 operações globais por ano contra o crime cibernético, mas nunca vimos nada como isto”, disse Wainwright.

O responsável da Europol alertou que o setor de saúde está especialmente exposto a ataques similares, e recomendou que todas as organizações deem prioridade a medidas para proteger seus sistemas e atualizem as versões do software com o qual trabalham. “Advertimos já há algum tempo que o setor de saúde em muitos países é particularmente vulnerável e é responsável por processar uma grande quantidade de informação sensível”, detalhou o diretor da Europol.

Este último ciberataque em grande escala “serve para enviar uma mensagem muito clara: todos os setores são vulneráveis e devem levar absolutamente a sério a necessidade de funcionar com sistemas atualizados e instalar todas as atualizações disponíveis”, disse Wainwright.

O chefe da Europol citou os bancos como um setor de referência, que aprendeu a lidar com as ameaças cibernéticas. “Poucos bancos na Europa, se é que houve algum, foram afetados por este ataque, porque aprenderam a partir da dolorosa experiência de serem o alvo número 1 do cibercrime”, disse o funcionário britânico.

O diretor do Serviço Europeu de Polícia indicou que os investigadores trabalham com a hipótese de que o ataque de sexta-feira foi cometido por criminosos, não por terroristas, e assegurou que os responsáveis receberam uma quantidade “notavelmente baixa” de pagamentos em conceito de recompensa para desbloquearem os computadores.

As vítimas do ciberataque viram que suas máquinas ficaram bloqueados e que os hackers pediam um resgate em moeda digital, o ‘Bitcoin’, para que pudessem recuperar seus arquivos.

A ministra do Interior do Reino Unido, Amber Rudd, recomendou aos numerosos hospitais e centros de saúde afetados no Reino Unido que “não pagassem” o valor exigido pelos criminosos cibernéticos.

Com informações da Agência Brasil