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"Só a duplicação não teria evitado", diz superintendente da PRF sobre acidente entre ônibus e carreta

Como a pista estava molhada, ele disse que isso pode aumentar o risco de acidente

"Só a duplicação não teria evitado", diz superintendente da PRF sobre acidente entre ônibus e carreta

Ainda não se sabe as causas do acidente que envolveu um ônibus e uma carreta e deixou três pessoas mortas na BR-262, em Marechal Floriano, Região Serrana do Estado. De acordo com o superintendente Polícia Rodoviária Federal (PRF), Willys Lyra, imagens mostraram que a pista estava molhada.

“Ainda não há a confirmação de todos os motivos que contribuíram para esse acidente. As imagens mostraram que a pista estava molhada, em um trecho que curva. Tudo isso está sendo analisado com as demais possibilidades, como excesso de velocidade, o motorista pode ter dormido. São vários fatores que a nossa equipe, junto com a perícia da Polícia Civil está analisando para poder concluir esse processo”, explicou.

Segundo ele, a pista molhada aumenta o risco de acidentes e por isso há necessidade de mais atenção. “Nós sempre orientamos que ao encontrar uma pista molhada, o condutor diminua a velocidade e aumente a sua atenção, porque há riscos nessa situação. Nós temos acidentes não só ali como na maiorias dos trechos da BR 262 por causa das curvas, por conta de subida e descida, pois é Região Serrana”, disse Lyra. 

De acordo com o superintendente da PRF, a rodovia é muito movimentada, principalmente porque é a principal ligação do Espírito Santo com Minas Gerais. Ele informou que ela passa por manutenção e que a duplicação está parada. Mesmo se a via fosse duplicada, para Lyra, não seria suficiente para evitar o acidente.

“A rodovia passa por manutenção, está com alguns buracos e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) tem trabalhado para eliminar esses buracos. Tudo isso são fatores que aumentam a necessidade de ter atenção. Teve um início de duplicação, mas há uns problemas judiciais que estão impedindo a continuidade desse processo. Isso é responsabilidade do DNIT e a informação que recebemos é que por enquanto está suspenso. É importante, precisa de segurança e da duplicação também. Só a duplicação não teria evitado o acidente. Há necessidade da duplicação e uma proteção para evitar que o veículo invada a contramão”, afirmou o superintendente.

Ele ainda disse que foi confirmado que o ônibus invadiu a contramão e por isso bateu de frente com a carreta. “A nossa equipe confirmou que o ônibus ao fazer uma curva invadiu a contramão, colidiu frontalmente com a carreta. O ônibus seguia no sentido Domingos Martins para Vitória. No ônibus havia duas pessoas e na carreta uma pessoa. Infelizmente os três morreram. Infelizmente nós temos diversos atores no trânsito. Um é o que normalmente causa o acidente e outros que estão passando por ali. Por isso que quando nós estamos na rodovia temos que dar segurança para quem está no nosso veículo e para os demais também”, destacou.

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