Subiu para 17 o número de casos de pacientes que apresentam sintomas de uma síndrome nefroneural ( ataca os rins e causa sintomas neurológicos) suspeita de ter sido causada por intoxicação por dietilenoglicol, uma substância tóxica que também foi encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da Cervejaria Backer.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, 16 pacientes são homens e uma é mulher. Uma pessoa morreu. Dos 17 casos, quatro foram confirmados por meio de exames e os outros 13 estão sob investigação.
Análises de peritos da Polícia Civil encontraram traços de duas substâncias tóxicas em um tanque de resfriamento da cervejaria: etilenoglicol e dietilenoglicol. Segundo a cervejaria, somente a segunda é utilizada como anticongelante durante a produção das bebidas. As duas substâncias também foram encontradas em três lotes da cerveja da marca Belorizontina.
Ministério da Agricultura determina recolhimento de todos os produtos da marca
A cervejaria Backer deve recolher todas as cervejas e chopes de todas as suas marcas produzidos desde outubro do ano passado. A decisão é do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que intimou a realização de um recall geral. Na semana passada, a fábrica foi interditada de forma cautelar pelo Mapa.
Com isso, a comercialização fica suspensa “até que seja descartada a possibilidade de contaminação de demais produtos”, afirma nota da pasta.
O Mapa ressaltou, no entanto, que até o momento não há resultado de exames de laboratório que atestam a presença das substâncias etilenoglicol ou dietilenoglicol em outras marcas da cerveja que não a Belorizontina. “Estes produtos estão sendo analisados e, caso existam resultados positivos, novas medidas serão adotadas”, afirma o Mapa.
A reportagem do R7 entrou em contato com a cervejaria Backer e aguarda retorno sobre a decisão tomada pelo Ministério da Agricultura.
* Com informações do Portal R7.com