Já se passou um ano da tragédia em Brumadinho, que deixou mais de 270 pessoas mortas, mas os traumas dos sobreviventes ainda permanece.
Em uma entrevista para o Jornal da Record, sobreviventes contam como nasceram pela segunda vez depois de serem atingidos pela lama da barragem. O tratamento psiquiátrico tem sido fundamental para superar as perdas. Muitas tomam remédios para crises de pânico e insônia.
Uma das vítimas sobreviventes, a estudante Talita Oliveira, de 16 anos, foi resgatada de helicóptero pelos Bombeiros totalmente coberta de lama. Hoje, ela faz fisioterapia e toma tranquilizantes todos os dias.
Ela conta que praticamente não tem o osso do quadril, teve uma luxação no fêmur e várias lesões na pele, pelo corpo inteiro. A adolescente vai levar para sempre as cicatrizes do dia 25 de janeiro de 2019. “Para nós parece que foi ontem isso. Então, a vida é como se fosse parada”, disse.
Outros dois sobreviventes estavam no carro quando ouviram um estouro. Eles contaram que ficaram cercados da lama, e que acharam que seria o fim. “Muita tristeza…eu fico pensando que poderia ser eu embaixo dessa lama, embaixo desse rejeitos. Às vezes eu penso que estou embaixo dessa lama”.
Por um milagre, eles conseguiram sobreviver, e logo após passaram a procurar por outros sobreviventes também. São histórias marcantes que as vítimas sobreviventes levarão para toda a vida.
Com informações do Portal R7!