Somos plurais, e é bom que seja assim. A diversidade, afinal, é o melhor remédio contra a polarização, a concentração nos extremos.
Não há um ou outro, mas muitos uns e muitos outros. Se trata, pois, de articular diferenças.
É daí que surge a possibilidade de uma nova construção social e é isso que nos lembra o mês da Consciência Negra. O triste é que precisamos ser lembrados…
No Espírito Santo, a população negra é maioria: 61%, de acordo com o IBGE. Também é maioria quando se fala em bairros periféricos, em trabalhos informais ou de menor remuneração.
A mulher negra é mais vulnerável as agressões físicas e psicológicas.
Para crianças e jovens negros a educação está mais distante, e a violência mais perto. A chance de uma pessoa negra ser assassinada é 2,6 vezes superior à uma pessoa não negra, no Brasil. Os dados são do Atlas da Violência 2021.
A desigualdade é estrutural e covarde. Rouba histórias, sufoca e mata a chance de uma sociedade melhor para todos.
O poder público tem um papel imprescindível na geração de oportunidades, e as empresas privadas podem e devem valorizar a diversidade. A Rede Vitória, por exemplo, iniciou um projeto chamado Diálogos, com esse objetivo.
E nós? Eu, você, cada um de nós?
Nós precisamos entender e respeitar que somos muitos e plurais.
Somos um povo, de muitos povos.