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Técnica de enfermagem diferenciada chama a atenção de pacientes em hospital infantil de Guarapari

Chalana do Nascimento, técnica de enfermagem do Hospital Francisco de Assis (HFA) há cinco anos, utiliza adereços e enfeites para tornar o tratamento dos pacientes mais leve.

Foto: Arquivo Pessoal/ Chalana
Chalana do Nascimento utiliza os enfeites e adereços para tornar o ambiente menos pesado. 

As agulhas e injeções do ambiente hospitalar podem assustar algumas crianças. Pensando nisso, a técnica de enfermagem de Guarapari Chalana do Nascimento, de 26 anos, encontrou uma forma de deixar esse momento um pouco mais leve. A profissional trabalha no Hospital Francisco de Assis (HFA) há cinco anos e chama a atenção dos pequenos com as roupas enfeitadas e os adereços que utiliza.

Chalana contou que a ideia surgiu quando percebeu que precisava tornar o contato com os pacientes mais agradável. “O objetivo é fazer com que o ambiente não fique tão pesado, para distrair as crianças, além de passar tranquilidade para as mães também”, explicou. A técnica de enfermagem disse que, aos poucos, a ideia foi conquistando os pacientes. “Primeiro eu usava só uma maquiagem diferente, mas depois comecei a usar os adereços também e isso começou a chamar a atenção das crianças”, contou.

De acordo com a profissional, que é técnica de enfermagem há oito anos, o método de trabalho também envolve brincadeiras e conversas divertidas com os pacientes. “Eu digo pra eles que sou algum personagem, canto musiquinhas, entre outras coisas. Eles ficam muito mais felizes, às vezes querem até pegar os meus adereços”, declarou.

Uma dessas crianças é o Abraão Alves, de três anos. O menino nasceu prematuro, com apenas sete meses, e teve contato com Chalana quando estava na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do HFA. Amillka da Silva, mãe do pequeno, contou que a dedicação de Chalana foi fundamental para o tratamento. “Ela estava sempre alegre em todos os procedimentos. É uma menina que tem muito amor pela profissão. Todos os profissionais deveriam ser iguais a ela”, enfatizou.

Foto: Arquivo Pessoal/Amillka
Chalana conheceu Abraão na UTI Neonatal. 

A relação entre Chalana e a família acabou indo para fora do hospital. Amillka disse que a profissional se tornou madrinha de Abraão. “Durante o tratamento, meu filho teve duas paradas cardíacas, uma com quatro meses e outra com nove, foram momentos difíceis então foi Deus que colocou ela no nosso caminho. Por isso meu marido teve a ideia de chama-la para ser madrinha do Abraão”, explicou.

Foto: Arquivo Pessoal/ Amillka
Chalana se tornou madrinha do Abraão.

Chalana contou que a dedicação à profissão começou com um sonho de criança. “Desde pequena eu queria ser médica, mas acabei procurando por um curso mais rápido, por isso optei por ser técnica de enfermagem”, disse. De acordo com ela, o que a motiva a tratar a profissão dessa forma é a empatia. “Eu sempre me doei muito. Trato os pacientes como eu gostaria de ser tratada”, concluiu.

Texto: Sara de Oliveira