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Tragédia em Brumadinho: Vale não informou que funcionários tinham 1 minuto para fugir

A declaração foi feita em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais

Foto: Whatsapp

Os funcionários da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, local onde houve rompimento de barragem em janeiro, não sabiam que a área administrativa seria atingida com menos de um minuto, segundo um trabalhador da Vale. O tempo de fuga foi confirmado em junho por Sérgio Freitas, da empresa Walm, que elaborou o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração.

Quem revelou o desconhecimento dos funcionários sobre o tempo de fuga foi Moisés Clemente, técnico em elétrica da empresa. A declaração foi feita em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que investiga a tragédia. 

O homem lembrou dos amigos que morreram.”A fala dele revela que, em outro período, havia outro refeitório alternativo naquele complexo. Então havia alternativa para que os trabalhadores não ficassem submetidos ao risco da lama em um prazo tão curto”, afirmou o relator da comissão, deputado André Quintão (PT) em entrevista ao Portal R7.

Procurada pela reportagem, a Vale informou que não comenta investigações em andamento. Mais de 100 pessoas já foram ouvidas. A expectativa do relator é de que o relatório final do grupo seja apresentado até o dia 12 de setembro. “Temos convicção de que a Vale tinha condições de verificar as condições de instabilidade da barragem e não adotou o princípio da precaução”.

Com informações do portal R7!