Um famoso Centro de Umbanda da região de Riviera da Barra, que tem funcionamento há cerca de 30 anos, emitiu nota nas redes sociais negando que o caso de ritual de cura que acabou matando idosa e pai de santo tenha acontecido no terreiro.
Na publicação oficial da casa, em que é lamentada a fatalidade, é esclarecido que o terreiro ficou fechado no último sábado (08) e que o caso aconteceu em outro centro da localidade. Também é ressaltada a informação de que não há qualquer relação entre as unidades religiosas.
O tradicional centro também destacou pesar e orações aos envolvidos.
A reportagem buscou contato anterior com o Centro de Umbanda Estrela do Oriente e foi informado que não houve “gira”, nome que se dá à sessão pública da religião, no dia da trágica ocorrência.
Relembre o caso
Uma idosa de 65 anos morreu após ter o corpo queimado durante um ritual religioso. O caso aconteceu durante o fim de semana em Vila Velha.
Familiares de Beatriz Farias contaram para reportagem da TV Vitória/Record TV que ela estava com depressão. O filho convidou a mãe para ir em um ritual para fazer um processo de “libertação”.
Além dela, o pai de santo responsável, “Pai Carlinhos”, médium de 68 anos, teve morte confirmada nesta terça-feira (11), quase dois dias depois da morte da idosa. A informação foi confirmada pelo sobrinho da primeira vítima, Leonardo Galazzi.
Misterioso, o caso da morte da idosa, no último sábado (08), levanta teorias: o ocorrido foi um acidente ou foi um ato intencional? É o que investiga a polícia.
Além do pai de santo, o filho da idosa, que estava presente à ocasião do rito umbandista, também ficou ferido.
Segundo Leonardo Galazzi, a tia tomava remédios para depressão. O único filho dela, junto à esposa dele, decidiu então levá-la ao centro de umbanda que frequenta, para buscar cura espiritual. O sobrinho acrescentou a informação de que tinham pedido para Beatriz comprar um kit de lençol para fazer o trabalho de libertação.
“Não sei o que aconteceu exatamente lá dentro, mas parece que cobriram tia Beatriz com um lençol e jogaram cachaça, sendo que havia velas em volta. A gente não sabe se foi um acidente, caindo uma vela, mas atingiu por volta de 70% do corpo. A polícia vai investigar e queremos entender”, disse.
Também segundo relato do sobrinho, as pessoas presentes à ocasião da formação do fogo prestaram assistência à tia para levá-la a um posto de saúde da região, para que fossem prestados os primeiros socorros. De lá, ela foi encaminhada ao hospital Dr. Jayme Santos Neves, mas já não havia muito o que ser feito.