Pacientes que tiverem sintomas leves da covid-19 passaram a ser testados, a partir da ampliação de testes anunciada pelo Ministério da Saúde. Muitos pacientes tiveram sintomas da doença, mas não conseguiram comprovar através do teste, segundo o Ministério da Saúde. Ainda de acordo com especialistas, a falta de certeza incomoda os pacientes e dificulta a prevenção do novo coronavírus.
A doutora em epidemiologia, Ethel Maciel, diz que a testagem pode auxiliar até mesmo na estratégia do isolamento social, sendo mais fácil para os profissionais que estão lidando e também para as pessoas que estão recebendo o diagnóstico se manterem em casa. A doutora ainda ressalta a dificuldade sem os testes. “Como você fala para uma pessoa que está se sentindo bem, que está apenas como síndrome gripal, que ela precisa ficar em casa sendo que não há nenhuma comprovação?”.
Porém, a partir do anúncio do Ministério da Saúde, quem apresentar pelo menos dois sintomas gripais será testado, mesmo quem não precisar de internação hospitalar. Entre os sintomas, estão: febre, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, tosse, coriza e ausência do paladar.
O Secretário de Estado de Saúde, Nésio Fernandes, explicou como a testagem vai funcionar no Espírito Santo. “O Ministério da Saúde anunciou parcerias com laboratórios privados para a realização de testes rápidos. No entanto, cabe destacar que o teste rápido não é útil para descartar a doença”.
No total, serão mais de 46 milhões testes realizados no Brasil nas Unidades Básicas de Saúde. Além disso, a testagem será dividida em duas linhas: a molecular, chamada de “Confirma Covid” e teste rápidos, que foram batizados de “Testa Brasil”.
Ainda de acordo com a epidemiologista, a testagem pode auxiliar na diminuição de mortes. “Essa estratégia é importante porque iremos prevenir a circulação de pessoas que estão transmitindo o vírus, além de monitorar o estágio mais precoce da doença, podendo impactar nos óbitos”.
Com informações da repórter Andressa Missio da TV Vitória / RecordTV