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Tubarões sob efeito de cocaína preocupam cientistas

Segundo pesquisadores, drogas jogadas no mar por traficantes estão alterando ecossistemas litorâneos na Flórida

Foto: MONTAGEM/PEXELS E FLICKR/@TORRIEHEXICOLA

Tubarões sob efeito de cocaína jogada no mar por traficantes estão se comportando de forma estranha, e atacando banhistas com mais frequência na costa da Flórida, nos Estados Unidos. Cientistas investigam a situação, que classificam como “preocupante”.

As autoridades indicam que criminosos estão lançando pacotes contendo drogas no oceano com o propósito de recuperá-los posteriormente ou de evitar a detecção por parte das forças policiais.

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No entanto, esse cenário resulta em um pequeno desastre ambiental, deixando tubarões e outros animais marinhos em um estado de agitação extrema e fome intensificada.

Enquanto conduzia uma investigação sobre o assunto, o biólogo marinho Tom Hird observou um tubarão-martelo e um tubarão-areia exibindo um comportamento altamente incomum, levantando suspeitas de que eles haviam ingerido substâncias estranhas. 

Além da cocaína, pesquisas indicam a possível ingestão de metanfetamina e cetamina, todas capazes de modificar o comportamento desses peixes.

Para verificar se os animais de fato ingeriam essas substâncias, os pesquisadores colocaram pacotes contendo pó de peixe concentrado no leito do mar, com o intuito de observar se os predadores eram atraídos. Surpreendentemente, os predadores nadavam diretamente em direção aos sacos e os mordiam.

Até o momento, os estudos não conseguiram definitivamente confirmar se os tubarões realmente consomem a droga, se foram atraídos pelo cheiro da comida ou se a substância em si tem algum efeito sobre eles. No entanto, a preocupação persiste.

“Não sabemos realmente como os tubarões reagem à cocaína. Isso pode torná-los mais dóceis; isso pode desacelerar o movimento deles”, afirmou a especialista Tracy Fanara, no documentário Cocaine Sharks (Tubarões da Cocaína), apresentado pelo canal Discovery.

No mesmo documentário, o biólogo marinho britânico Tom Hird afirmou que é praticamente certo que a substância deixe os tubarões mais agitados — e, consequentemente, mais agressivos.

“Incendeia seus cérebros. Foi uma loucura”, disse Hird durante as pesquisas.

Especialistas ouvidos pelo site Surfer.com disseram também que, somente em junho, a guarda costeira encontrou mais de 6.300 kg de cocaína flutuando no Caribe e no Atlântico.

* Com informações do Portal R7