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Ucrânia diz que exército russo sofreu severas baixas durante invasão

Além disso, a Ucrânia afirma que vem barrando avanços russos em todas as frentes. Governo da Rússia, no entanto, não confirma perdas informadas por ucranianos

Foto: EMILIO MORENATTI/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Segundo relatório das forças armadas ucranianas, divulgado neste sábado, 26, a Rússia tem sofrido severas baixas durante a invasão dos últimos dias. Os militares ucranianos afirmam que o inimigo já perdeu 3.500 soldados, 14 aviões, 8 helicópteros, 102 tanques, 536 veículos armados BBM, 15 metralhadoras pesadas e um míssil BUK em seu ataque ao país.

Além disso, a Ucrânia afirma que vem barrando avanços russos em todas as frentes. Segundo as forças armadas ucranianas, a Rússia falhou em tentativas de usar tanques e outros veículos militares para romper as defesas de Kiev.

As forças ucranianas também teriam impedido uma ofensiva russa na região de Kharkiv, onde a luta continua. Na cidade de Okhtyrka, a defesa estaria resistindo em uma guerra urbana.

As informações ainda indicam que os sistemas de defesa aérea teriam repelido com sucesso ataques de jatos russos, enquanto a força aérea ucraniana teria causado sérios danos a soldados e equipamentos militares do inimigo em Kiev, Chernigov e na região de Kherson.

Na costa, as forças navais do País teriam colocado minas em todas as áreas de pouso, para evitar a entrada de mais tropas.

Rússia não reporta baixas no combate

As informações acerca das perdas russas são todas provenientes do lado ucraniano do combate e podem ser exageradas. Contudo, a própria Rússia não sinaliza suas possíveis casualidades.

Em um comunicado à imprensa no sábado, o Ministério da Defesa russo não reportou perdas do seu lado durante a invasão, listando apenas baixas em equipamentos militares ucranianos.

Além disso, na sexta, o porta-voz do Ministério russo da Defesa, Major General Igor Konashenkov, afirmou não terem havido quaisquer casualidades do seu lado.

Um comunicado do Ministério da Defesa Britânico, por sua vez, considera que “as casualidades russas são provavelmente mais pesadas e maiores do que o previsto ou admitido pelo Kremlin”.

Rússia anuncia expansão de ofensiva contra a Ucrânia

Neste sábado (26), o Ministério da Defesa da Rússia divulgou uma nota na qual acusa a Ucrânia de recusar as negociações e informa que ordenou a expansão da ofensiva militar contra o país vizinho. Na sexta-feira, após declarações do governo de Kiev sobre a disponibilidade para negociações, o governo russo disse que as hostilidades ativas nas principais áreas da operação foram suspensas.

“Depois que o lado ucraniano se recusou a negociar, hoje todas as unidades foram ordenadas a desenvolver uma ofensiva em todas as direções de acordo com o plano da operação”, informou o Ministério da Defesa russo, em comunicado.

Segundo a nota, com o apoio de fogo das Forças Armadas da Federação Russa, as tropas separatistas da República Popular de Luhansk (LPR) e da República Popular de Donetsk (DPR) estão tendo sucesso na ofensiva contra as posições das Forças Armadas da Ucrânia.

As tropas do LPR expandiram a linha ofensiva e avançaram desde o início da operação até uma profundidade de até 46 quilômetros, tendo capturado os assentamentos de Shchastia e Muratovo.

Ainda segundo o governo russo, o batalhão de tropas da DPR, avançando na direção de Petrovskoe, avançou mais 10 quilômetros e capturou os assentamentos de Starognatovka, Oktyabrskaya e Pavlopol.

O comunicado aponta que o regime “nacionalista” de Kiev distribui massiva e “incontrolavelmente” armas leves automáticas, lançadores de granadas e munição para os moradores dos assentamentos ucranianos.

“O envolvimento nacionalista da população civil da Ucrânia nas hostilidades levará inevitavelmente a acidentes e baixas. Apelamos aos moradores da Ucrânia para que demonstrem consciência, não sucumbam a essas provocações do regime de Kiev e não se exponham e seus entes queridos a sofrimento desnecessário”, diz o Ministério da Defesa da Rússia.

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