Geral

Ucrânia: novos bombardeios atingem Kiev e sirenes são acionadas

Outras cidades do país, como Lviv, Cherasky e Kharkiv, viveram momentos de tensão recentemente quando foram mira dos ataques do exército russo

Foto: EMILIO MORENATTI ASSOCIATED PRESS ESTADÃO CONTEÚDO

Uma série de bombardeios foi registrada durante a madrugada deste sábado (12) nos subúrbios de Kiev, na capital da Ucrânia, onde sirenes de emergência soaram por um longo período. Outras cidades do país, como Lviv, Cherasky e Kharkiv, viveram algo parecido quando foram mira dos ataques do exército russo.

A correspondente da TV americana CNN, Clarissa Ward, confirmou a informação. Além disso, imagens de satélite mostraram forças russas avançando em direção “a capital a partir do uso de artilharia pesada contra a resistência ucraniana.

Uma base aérea a cerca de 30 km de Kiev foi destruída por mísseis. Segundo as informações dadas pelos satélites, os comboios foram reposicionados em florestas e áreas arborizadas em Lubyanka. As imagens foram feitas pela Maxar Technologies, empresa de tecnologia espacial com sede em Westminster, no Colorado (EUA).

E o clima de tensão atingiu até uma cidade do oeste da Ucrânia até então considerada segura. Em Lviv, o alarme durou cerca de duas horas, o maior período desde o começo da guerra, em 24 de fevereiro. A região foi acordada pelo alarme por volta das 5h30 da manhã (10h30 em Brasília).

Em Nikolaev, no sul, e Dnipro e Kropyvnytskyi, no centro do país, novas explosões também foram ouvidas nas cidades, segundo relatos divulgados pela BBC Ucrânia, citando autoridades locais.

Cinco pessoas, incluindo duas crianças, morreram e tiveram seus corpos retirados pelos serviços de emergência dos escombros de um edifício residencial na vila ucraniana de Slobozhanske, nos arredores de Kharkiv, após um ataque russo.

Neste sábado (12), as autoridades ucranianas acusaram a Rússia de ataques em Mykolaiv, no qual um hospital para tratamento de câncer e alguns edifícios residenciais foram danificados. Não há registro de vítimas.

Parafraseando os governadores de Kiev e de Donetsk, militares russos continuam a atacar áreas onde a Ucrânia está tentando evacuar civis e levar ajuda por meio de corredores humanitários.

O governador de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, disse à mídia local que os bombardeios constantes do exército russo tem dificultado o remanejamento dos civis a locais seguros.

“A carga humanitária está se movendo em direção a Mariupol, informaremos como ela procede. A situação é complicada, há bombardeios constantes”, afirmou Pavlo.

Em outra tomada a força, os ocupantes russos anunciaram que a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, não pertence mais à Ucrânia. A partir de agora o local terá que operar sob o controle de Moscou e em conformidade com as regras da Rosatom, empresa estatal russa de energia atômica.

A informação foi divulgada pelo Kyiv Independent, citando o chefe da Energoaton, empresa nuclear ucraniana. Até o momento, Moscou enviou 11 engenheiros ao local.

A situação de calamidade na Ucrânia foi debatida em um novo telefonema entre o chanceler alemão Olaf Scholz e os presidentes francês Emmanuel Macron e russo Vladimir Putin, revelaram fontes do Palácio do Eliseu.

O governo americano informou que “os Estados Unidos continuam preocupados com as ações imprudentes da Rússia e as violações dos princípios de segurança nuclear”, disse a ministra americana de Energia dos EUA, Jennifer Granholm.

A ministra reforçou que o fato de Moscou violar os princípios de segurança “é inaceitável e os ataques que põem em perigo a segurança na Ucrânia têm de parar”.

LEIA TAMBÉM: Postura de Bolsonaro na Guerra da Ucrânia é criticada por 48% dos eleitores

*Com informações do Portal de Notícias R7