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Ufes reúne pesquisadores para estabelecer ações em torno do desastre ambiental

A primeira linha de atuação será de cunho social. A segunda via de atuação é na gestão estratégica e comunicação social. E, por fim, no monitoramento ambiental

Professores e pesquisadores estabeleceram ações que deverão ser tomadas pela Ufes Foto: Divulgação

Professores e pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) se reuniram na manhã desta sexta-feira (13) e definiram ações para atuar no caso do rompimento das barragens Fundão e Santarém, ocorrida em Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG). Serão seguidas três linhas de atuação.

A primeira linha é de cunho social para atuação junto às comunidades atingidas pelo desastre nas barragens da Samarco. A segunda via de atuação é na gestão estratégica e comunicação social. E, por fim, no monitoramento ambiental.

A Ufes já realiza pesquisa no Rio Doce, estudando o ecossistema ligado ao rio e suas questões sociais.

A professora do departamento de Oceanografia e Ecologia Valéria Quaresma informou que uma equipe da universidade estava na plataforma marinha realizando estudo no mar.

“No dia em que aconteceu o rompimento das barragens minha equipe estava na plataforma entre 30 e cinco metros de profundidade realizando amostragem. Então, a gente tem uma amostragem bem antes do desastre. Agora o planejamento é fazer maus amostragem assim que esse material começar a apontar na plataforma pra gente fazer uma comparação do antes e do depois”, explicou a professora.

O diretor do Centro de Ciências Humanas e Naturais, Renato Rodrigues Neto, informou que a lama é um problema, mesmo que não sejam encontrados elementos tóxicos.

“Num primeiro momento a lama é um problema porque ela mata por asfixia. Pelas fotos e vídeos que vimos, os peixes morrem, muito provavelmente, pela falta de oxigênio. A gente recebeu um laudo, em primeira análise, que é muito incipiente, mas parece que a assinatura química que a gente encontra na foz do Rio Doce é um material que já se espalha na foz do Rio Doce. A lama altera todas as condições do rio: químicas, físias e biológicas. Então, realmente, de hoje em diante vamos encontrar um outro Rio Doce”, assinalou o diretor.

A vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, afirmou que o momento é de reflexão sobre o papel da universidade.

“Todas as ações serão mais custosas do que a prevenção. Temos que aprender para que novos desastres não aconteçam. Vamos aprender com o evento para que outros não aconteçam”, disse a vice-reitora.