A Polícia Federal divulga, nesta quinta-feira (16), um balanço sobre as investigações do rompimento da barragem B1, da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. O acidente completa um ano no dia 25 de janeiro. Mais de 250 pessoas morreram.
As informações serão divulgadas em Belo Horizonte. Dentre os avanços nos trabalhos, destacam-se: as oitivas de alguns especialistas internacionais; a intimação de um indiciado alemão por meio de seu advogado brasileiro; e a elaboração de perícia, em parceria com a universidade de Barcelona, sobre as causas da liquefação da barragem.
O rompimento da barragem aconteceu por volta do meio dia, em 25 de janeiro de 2019. Até o momento, 259 corpos foram identificados. Os trabalhos de buscas continuam, pois 11 pessoas permanecem desaparecidas. Entre elas, o capixaba Uberlândio Antonio da Silva, morador da Serra, que realizava serviços por uma empresa terceirizada.
No dia 28 de dezembro, a Polícia Civil informou que identificou mais duas vítimas do rompimento da barragem: João Tomaz de Oliveira, de 46 anos, e Noel Borges de Oliveira, de 50 anos. Técnicos do Laboratório do Instituto de Criminalística chegaram à identidade das vítimas por meio de exames de DNA.
Em dezembro do ano passado, especialistas contratados pela Vale para relatar as causas do acidente disseram que o projeto e a construção da estrutura tiveram contribuições para seu rompimento. “Especificamente, o projeto resultou em uma barragem íngreme, com falta de drenagem suficiente, gerando altos níveis de água, os quais causaram altas tensões de cisalhamento dentro da barragem”, dizia um trecho do relatório divulgado pela mineradora.