Um mês após a enchente, o município de Vargem Alta ainda contabiliza os prejuízos causados. De acordo com a Prefeitura, 1.203 pessoas ainda estão desalojadas, são 366 delas são da comunidade de Morro do Sal, uma das mais atingidas no município. Na comunidade foram 65 residências que sofreram danos e 63 famílias já estão juntando documentação para formalização do aluguel social.
O município realizou credenciamento para locação de imóveis para abrigar as famílias, através do aluguel social, mas não houve interessados e a licitação foi considerada deserta. Agora, a Prefeitura procura imóveis para alugar um a um, diretamente com o proprietário.
A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social já atendeu 1.160 famílias atingidas pela chuva, e realiza, desde a última segunda-feira (17), a entrega as cestas básicas. O atendimento das equipes também está com dificuldades, principalmente, em relação ao transporte, pois a Secretaria perdeu todos os veículos na enchente, o que dificulta a locomoção até as áreas afetadas para entrega dos donativos e realizar os atendimentos sociais.
Entulhos
Os municípios do Sul do Estado afetados pela enchente do mês de janeiro participaram de uma reunião na Subseção da Ordem do Advogados do Brasil (OAB-ES), para decidir para onde os entulhos serão destinados, e Vargem Alta será a primeira cidade que vai mandar todo o lixo, proveniente da tragédia, para o aterro sanitário da Central de Tratamento de Resíduos de Cachoeiro de Itapemirim (CTRCI).
A enchente fez Vargem Alta acumular cerca de 120 toneladas de detritos, e a previsão é de que o serviço comece nesta semana. Os municípios não podiam realizar esse translado, já que é necessária uma liberação, que só pode ser realizado pelas equipes do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA).