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Um mês após retorno das aulas, alunos voltam aos poucos às escolas particulares

A adesão, de modo geral, não foi grande, mas foi dentro do esperado pela direção

Foto: Divulgação

Nesta semana, completa-se um mês do retorno às aulas presenciais nas escolas particulares do Espírito Santo. Enquanto em alguns colégios o número de estudantes aumenta gradativamente, em outros, o ensino remoto continua sendo a única alternativa.

Em uma escola no centro de Vila Velha, as turmas voltaram gradativamente. A adesão, de modo geral, não foi grande, mas foi dentro do esperado pela direção. Em média, dois em cada dez alunos preferiram o modelo presencial. Apenas no preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), chegou a 95%.

“Eu posso dizer que nós estamos vivenciando uma experiência de três anos letivos dentro de um. Primeiro, a gente começou com o ano dentro dos padrões de normalidade. Depois, fomos surpreendidos com a disseminação da covid e tivemos que nos adaptar às aulas remotas. E agora estamos num terceiro momento, nos adaptando ao modelo híbrido. Portanto, nós estamos sendo desafiados pela pandemia e aprendendo com ela”, destacou o diretor da escola, Alair Bento.

Em uma outra escola de Vila Velha, no bairro Itapuã, foi percebido um aumento gradativo no número de alunos, conforme as primeiras semanas foram se passando sem contaminações. Segundo a diretora pedagógica, Solaine Chibib, metade dos estudantes já retornou. 

“Esse primeiro mês foi definitivo para a gente aqui na escola. Gradativamente, a gente foi aumentando o número de alunos nesse período. A gente não teve ainda nenhum caso confirmado de covid dentro da escola”, destacou.

De acordo com o Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), tem sido assim na maior parte dos colégios que retomaram o ensino presencial: aos poucos, os pais vão adquirindo confiança. “A cada semana, as famílias ficam mais confiantes e a tendência é que esse contingente aumente”, frisou o superintendente do Sinepe-ES, Geraldo Diório Filho.

Na unidade de ensino em Itapuã, a aula é a mesma tanto para quem está em casa quanto para quem está na escola, já que a transmissão é ao vivo. Segundo a diretora, o comportamento dos alunos surpreendeu, principalmente os mais novinhos.

“A gente vê que as crianças menores, de Educação Infantil e Fundamental I, são as que mais respeitam as regras. Já chegaram na escola sabendo que tinha que ter o distanciamento. Já os adolescentes, a gente vê o oposto. Já estão frequentando as praias, os shoppings. Então a gente tem que redobrar a atenção”, afirmou Solaine Chibib.

Já uma outra escola, também localizada em Itapuã, optou por não retomar as aulas presenciais em 2020. Uma sala de aula onde costumavam estudar 200 alunos, por exemplo, foi transformada em um grande estúdio de transmissão ao vivo. O professor continua na frente, mas os alunos acompanham a aula de casa.

E assim, a turma cresceu. Cerca de 600 estudantes acompanham a aula ao vivo — um público três vezes maior. Segundo o diretor, Fábio Portela, a decisão de manter o ensino à distância foi em conjunto com os pais. “Setenta e cinco por cento das famílias gostariam de encerrar o ano letivo de 2020 de forma remota”, frisou.

Segundo Portela, para 2021 nenhuma decisão foi tomada por enquanto. “Nós temos vivido uma semana de cada vez. O cenário muda muito. A ideia é que, na pior das hipóteses, nós voltemos em 2021 com formato híbrido. E o sonho, com a vacina, é voltar com o presencial, como sempre foi”, ressaltou.

Com informações da jornalista Andressa Missio, da TV Vitória/Record TV