Geral

Um mundo conectado e consciente

'Os espaços virtuais foram abertos e isso pode ser chamado de revolução, mas a questão é maior que isso'


Por Michel Bermudes 

Atrasado para mais um #arenavos, chego correndo no museu da Vale e encontro vários colegas jornalistas, empreendedores, gente ligada a tecnologia, estudiosos, professores, representantes de projetos sociais, movimentos. E de cara, me pergunto: o que essas pessoas tem em comum? A resposta vem quando todos começam a conversar, se expressar, falar de suas realidades e aí surge a identificação. Todos querem saber como se posicionar nesse mundo conectado e cheio de opinião? 

A nossa arena começa com a Gabriela, a palestrante, falando de empresas sociais que conseguiram marcar presença e de quebra ela fala da rapidez dos processos, dos avanços, das mudanças.

Gabriela fala de empresas, comunidades e pessoas que se reuniram para criar, propor mudanças e gerar soluções. Tudo tão rápido e ao mesmo tempo tão forte que não nos permite pensar muito, temos que seguir. E seguir significa fazer. Fazer com consciência, mas fazer.  E olhando em volta, reparo nos rostos atentos, meio desconfiados. Como lidar? Em meio a tantos termos em inglês, palavras usadas no mercado, gírias, parecemos meio perdidos, mas então percebemos que já estamos no meio do furacão. 

Os espaços virtuais foram abertos e isso pode ser chamado de revolução, mas a questão é maior que isso. Os espaços virtuais existem para que todos possam existir. É a história da voz que precisa ecoar.  Se antes você precisava de grandes investimentos para montar uma empresa, para fazer ações, para mobilizar, hoje é preciso ter foco e saber usar as ferramentas. Nem sempre o dinheiro é o fundamental nessa história.


A visibilidade, o alcance, a interação e a organização são peças importantes na hora de se posicionar e de se comunicar. Gerar interesse é gerar conteúdo, gerar conteúdo e se fazer importante e necessário para quem está em volta ou do outro lado do mundo. Inovar, inovar sempre, mudar conceitos ou cria-los. Como se faz tudo isso? Nessa arena tem mais pergunta que resposta. 

Aí fico pensando se daremos conta disso tudo, me dá preguiça, confesso me dá preguiça. Preguiça e um pouco de medo. Medo de não dar conta. Tudo muito rápido, repito, muito rápido. Ou será que eu estou lento? Não, não estou. 

Olho ao redor de novo e reparo que todos estão no mesmo barco. Com preguiça, com medo ou com vontade, mas estão no mesmo barco. E nessa mistura também tem a cidadania, o posicionamento que exigem de nós. Tem que se posicionar, buscar essas mudanças, entender essas mudanças. E como já estamos no meio disso tudo, não tem pra onde correr. Já começou! 

A cidadania que antes era mais discurso, hoje exige de nós comprometimento, participação. No seu blog, na sua página, no seu perfil pessoal, no grupo da igreja, no colégio, no trabalho.  Mudar o mundo, começando pelo quintal e aí perceber que grandes transformações estão em curso e não dependem mais tanto dos outros, dos grandes, dos gigantes. Transformação e cidadania que a gente vê, sente, que nós podemos tocar e fazer parte.

Soluções, formas de entrar no mercado, de estar no mercado. Comunicação ao alcance de todos e principalmente tecnologia para ser o combustível disso tudo. Democratizar, dar ferramentas, cobrar investimentos públicos, viabilizar investimentos privados. Do que mesmo estamos falando? 

Essa reunião do #arenavos acaba e eu continuo cheio de perguntas, mas aí ouço alguém dizer que dúvidas são melhores do que certezas, porque elas são agentes de transformação. O importante é estar instigado, provocado e atento! E onde isso tudo vai parar? Não sei e acho que ninguém ali sabia. 

Vamos falar mais disso nas redes sociais do VOS no Facebook e YouTube. Vem, gente!

Michel Bermudes Auer
Jornalista e repórter