Sete horas e a unidade móvel do Hemoes, o hemocentro do Espírito Santo, já está pronta para realizar a coleta de sangue dos doadores na cidade de Venda Nova do Imigrante, interior do Estado. Acordar cedo e com o friozinho típico da região, não foi empecilho para tirar a funcionária pública Joana Zanão de casa. Foi a primeira a chegar para fazer a doação. Sempre que o ônibus está na região ou que ela saiba que alguém está precisando, a dona de casa faz questão de doar e, não mede esforço pra isso.
“Todos os dias acontecem muitos acidentes existem doenças que são tratadas apenas com proteínas no sangue e por isso é importante doar sangue. Sangue é feito para circular!”, diz a funcionária pública Joana Zanão.
O agricultor Danilo Carnieli, também é veterano em doação quando se trata da passagem do ônibus do Hemoes na cidade. Para quem mora no interior Estado, a chegada da unidade móvel é importante. Muitos querem e podem doar, mas não há hemocentro por perto.
“Não ter que se deslocar para Cachoeiro ou para Vitória fica muito mais prático e eu venho aqui e faço uma doação para quem realmente está precisando. Ajuda muito”, conta o agricultor Janilo Carnieli.
Em Venda Nova do Imigrante, na unidade móvel, também é realizado o cadastro de doadores de medula óssea. Caso a pessoa não puder doar o sangue no dia, ela pode se cadastrar com uma amostra coletada do sangue.
“Sabe-se que muita gente precisa e que é muito difícil conseguir a medula para doar. Vou aguardar o resultado do exame para sabe ser será compatível porque a vida vale mais do que tudo”, diz o vendedor Joalison Belisario.
O sangue colhido no município é transportado para Vitória, onde ficará armazenado no Hemoes, de lá atende as emergências de todo o Estado. As viagens da unidade móvel contribuem em média com o aumento de aproximadamente 400 bolsas de sangue mensais.
“Eles são empenhados em doar sangue, são doadores bons e os que podem doar já sabem e quando nós viemos aqui, nós conseguimos muitas bolsas”, conta a Coordenadora da Coleta Externa do Hemoes, Aline Siegle.
O Município de Venda nova do imigrante é cortado pela BR 262. O fluxo de veículos é intenso. Mais da metade do país passa por aqui a trabalho ou a passeio e pelo grande número, consequentemente, acidentes acontecem.
“Depois que começou essas campanhas de doação três vezes ao ano, nós não temos falta de sangue mais no hospital. Não só para este como para hospitais vizinhos, como Ibatiba, Conceição do Castelo e Afonso Cláudio. É um hospital que atende muita emergência e por isso usamos muito sangue”, afirma a diretora técnica do hospital Padre Maximo, Maria Luzia.
A unidade móvel do Hemoes faz a coleta externa em Venda Nova do Imigrante desde 2008. Nestes sete anos, foram realizados 600 cadastros de doadores de medula óssea e cerca de 720 bolsas de sangue foram coletadas. E com mais dois dias de ação na cidade, os números vão aumentar ainda mais.
“Toda campanha nossa nós batemos um recorde da campanha anterior. O que a gente puder trazer quanto mais vezes o Hemoes melhor”, finaliza a administradora Sabrina Uliana.