Em 14 de julho o Jornal da TV Vitória denunciou o fechamento da UTI do Hospital da Polícia Militar (HPM). Naquela semana metade dos oito leitos foram desativados. Os outros quatro estavam com pacientes e seriam desativados à medida que eles fossem liberados.
Três dias depois da reportagem do Jornal da TV Vitória o Ministério Público entrou com uma ação civil na Justiça contra o estado do Espírito Santo para que fossem tomadas todas as medidas necessárias para que a UTI não fosse fechada. A ação pede ainda que seja cobrada uma multa de mil reais por dia de fechamento da unidade.
Na noite da última quarta-feira foi transferido o último paciente da UTI. O HPM é administrado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública e em julho o titular da pasta disse que não estava conseguindo contratar profissionais para substituir os médicos oficiais da PM que iriam para a reserva.
“Nós estamos a algum tempo fazendo a prospecção de mercado para contratação de pelo menos cinco profissionais intensivistas para trabalharem na UTI do HPM. E no momento nós estamos com problemas na contratação”, informou o então secretário de Segurança, André Garcia.
80% dos atendimentos do HPM são de pacientes do SUS, por isso não são apenas os policiais militares que saem prejudicados com o fechamento da Unidade de Terapia Intensiva.
Duas Marias, mãe e filha, viajaram horas desde Jaguaré, no Norte do Estado para Vitória. Depois de muita luta Maria Aparecida conseguiu marcar a cirurgia que precisa. Ela vai ser feita no próximo mês no Hospital da Polícia Militar. Mas elas ficaram preocupadas quando descobriram que a UTI foi fechada.
O Tribunal de Justiça informou por meio de nota que ainda não foi julgada a ação civil do Ministério Público contra o fechamento da UTI do Hospital da Policia Militar, em Vitória. A ação prevê multa de mil reais por dia. Contudo, a UTI do HPM está fechada há dois dias.